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Nos últimos tempos, a discussão sobre a censura nas redes sociais tem gerado muito debate, principalmente quando falamos sobre o equilíbrio entre a liberdade de expressão e o controle do conteúdo online. Algumas figuras estão no centro dessa polêmica, como o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk, dono do Twitter (agora chamado X), que têm tomado decisões que dividem opiniões sobre até onde podem ir a censura e liberdade de expressão na internet.
No cenário atual, onde a informação circula em velocidades sem precedentes, um embate emerge: o controle do discurso e a definição do que é verdade. A grande imprensa, que outrora era vista como guardiã da verdade, perdeu boa parte de sua credibilidade. Hoje, diante da ascensão das redes sociais e da maior autonomia do povo em acessar e compartilhar informações, ela tenta recuperar o protagonismo, mas enfrenta resistência ao ser percebida como alinhada ao sistema que, em nome da democracia, busca calar vozes discordantes.
Com os avanços da tecnologia, qualquer pessoa agora tem a capacidade de questionar, divulgar e até remodelar ideias, algo que desafia as elites acostumadas a dominar o discurso público. Quando ouvimos palavras como "defender a democracia" ou "combater a desigualdade", é fundamental refletir: essas expressões representam ações reais ou são apenas slogans usados para proteger interesses específicos e descreditar aqueles com opiniões divergentes? Redes sociais como Facebook, Instagram e Threads, sob a gestão da Meta, são o palco de intensos debates nesse cenário. Recentemente, a decisão de Mark Zuckerberg de acabar com a verificação de fatos realizada por organizações externas gerou divisões. Enquanto muitos celebram o fim do controle sobre o que é visto como "verdadeiro", há quem advirta sobre os riscos de permitir a propagação de desinformação. No entanto, não será que a grande mídia e as agências de checagem também perderam o equilíbrio entre informar e manipular?
A implementação de um sistema de "notas da comunidade", similar ao que já existe no X (antigo Twitter), mostra um caminho alternativo à centralização da verdade em mãos de poucos. Embora imperfeito, ele dá ao usuário mais autonomia para questionar e julgar informações. No entanto, mesmo esse modelo precisa ser acompanhado com cautela, para não se tornar mais uma ferramenta de manipulação.
O grande desafio das redes e do debate público atual é encontrar o equilíbrio entre liberdade e responsabilidade. É inegável que fake news e discurso de ódio precisam ser combatidos, mas quem decide o que é verdadeiro e falso? O povo, com sua diversidade de pensamentos, ou um sistema que busca se perpetuar ao suprimir a discordância? A verdade não pertence a ninguém, mas é uma construção coletiva que nasce do debate e da liberdade de expressão. Em tempos de polarização, a luta pela narrativa verdadeira não pode ser vencida com censura ou imposições. A grande imprensa, ao invés de impor lados, deve retomar sua função de informar com isenção, enquanto o povo deve continuar questionando e resistindo a qualquer tentativa de silenciamento. Afinal, a democracia se fortalece quando há espaço para todas as vozes, não apenas para aquelas que ecoam o discurso de um certo grupo.
Em sua fala, Alexandre de Moraes afirma que “Não podemos confundir liberdade com irresponsabilidade, não se pode vedar a livre circulação de ideias, a livre manifestação de ideias, a livre expressão, a liberdade de imprensa, tanto que a Constituição veda censura prévia. Agora, a mesma Constituição autoriza a responsabilização se a notícia for dolosamente [intencionalmente] danosa, se a notícia for direcionada a macular a honra de alguém, se a notícia for direcionada a influenciar resultados eleitorais”.
Por outro lado o procurador-geral da República Augusto Aras também falou em uma entrevista, que "existe a boa imprensa profissional, que devemos velar. Essa imprensa que se manifesta ao longo da história do país buscando se fortalecer no contexto dos fatos, buscando fazer a crítica ponderando no ambiente factual. E existem aqueles que se dizem jornalistas e que usam notícia para ocupar espaço no ambiente da internet e que colocam verdadeiras aleivosias, que incitam a desinformação verdadeira."