25/11/2024 16:43
O advogado de defesa do réu anunciou que vai recorrer a sentença
V. S. de A., acusado do assassinato de Wanderleia Krummenauer, morta a golpes de faca, foi julgado na última quinta-feira, 21 de novembro, pelo conselho de sentença no salão do júri da comarca de Campo Erê/Santa Catarina. O crime ocorreu na casa da vítima no dia 14 de março deste ano.
Fizeram parte do corpo de jurados 4 homens e 3 mulheres e o júri presidido pela juíza Karolin Guesser, na acusação a promotora de justiça Susane Ramos, e na defesa o advogado do réu.
Pela manhã teve os depoimentos de testemunhas e apresentação de alguns deles pelo sistema de telão. O réu também prestou depoimento e perante ao conselho de sentença, assumiu ter sido ele o responsável pela morte, mas fez várias declarações, uma delas era de que a vitima o perseguia e que naquele dia perdeu a cabeça e acabou cometendo o crime.
Um detalhe relatado pelo réu, foi de que a faca utilizada no crime era de sua propriedade, mas que ela estaria na residencia e que foi entregue pela vitima para que ele a levasse para sua casa.Ele contou também que o relacionamento com Wanderleia teria iniciado quando trabalhou para o marido dela e após a separação, V. S.A abrigou a vitima em sua casa, com sua esposa grávida, quando continuou com o relacionamento, que resultou no nascimento de uma filha.
Ainda antes de assassinar Wanderleia, ele teve envolvimento com uma outra mulher. A investigação policial identificou que V. S.A tentou comprar um revolver, que foi alvo de busca e apreensão pela policia de Campo Erê, no bairro Alto São Mateus em Marmeleiro.
Em determinado momento o réu chegou a chorar ao declarar que a vitima dizia que não iria mais permitir que ele visitasse a filha e que chamaria seu irmão para mata-lo.
Após os depoimentos a promotora iniciou seu tempo de acusação que ao termino foi feito o intervalo para o almoço. Na volta dos trabalhos, o advogado iniciou o debate da defesa do réu. Terminado o tempo, o salão foi evacuado para que fosse feita a votação dos quesitos e a sentença que posteriormente foi lida pela juíza Karolin Guesser.
Karolin agradeceu a todos os envolvidos: os jurados, policiais penais, militares, advogado, promotora, funcionários do fórum, familiares da vitima e do réu, publico presente e ao réu especificamente a juíza disse que o momento é de uma profunda reflexão e que leve a uma efetiva ressocialização.
V. S. A foi condenado a 45 anos de prisão em regime fechado, pagamento de danos de R$ 200 mil, perda do poder familiar em relação a filha e o pagamento das custas processuais.
Após o julgamento ele voltou a unidade prisional de São José do Cedro, onde continuara preso naquela unidade até o departamento alocar em uma penitenciária.
O advogado de defesa, A. R. anunciou que vai recorrer da sentença. Segundo ele foi considerado dois quisistoe, quando na verdade somene um deveria ter sido votado o que reduziria a pena para pouco mais de 30 anos.