Cansaço

Uma abraço no paradoxo da intolerância

Cansaço

O alívio do cansaço é a revolta, segundo o pensamento de Albert Camus. Não adianta reclamar do cansaço e ficar rolando a pedra montanha a cima. Ninguém está condenado, só mal informado. Antes de correr é preciso saber pra onde fica a saída. Essa engrenagem que vai encurralando a população numa emboscada é o que cansa. Precisamos eleger lideranças com censo de direção. Cansaço físico ou mental, tem solução. O mal é esse lamaçal de desinformação. Essa é a onda que não se pode deixar levar e é urgente se livrar.

Eu  estou a 10 mil km de São Paulo, e estou preocupado com o risco Marçal. Dedico muito menos tempo a Tábata Amaral, que é a estrela guia no meio deste temporal. Por que insistimos em alimentar o mal? Os loucos que gritam são os mais ouvidos. Essa é uma tragédia que precisamos estudar. Não lutamos pra melhorar. Ainda estamos em tempos de gente perversa, que nos obrigam a entrar na  conversa, pra evitar deixar os loucos gritar ou vamos precisar pelear pra se defender.

Sinto que não é só um problema meu. O Brasil se envolveu com esse animal, na bíblia descrito como leviatã. É intrigante como todos estamos envolvidos no que deveria ser apenas problema deles, pra eleger o prefeito municipal, se tornou uma luta geral para evitar a vitória do mal.

Essa semana me surpreendi com pessoas boas, na minha concepção, com um facão na mão e me chamando pra briga. Me fez perceber que é preciso procurar alternativas para evitar essa intriga. Por castigo  vamos perdendo os amigos. No fundo quase todo mundo tem razão, pois a intenção é melhor sem saber a quem se apegar, nessa torre de Babel, encampada por gente cruel.

Muito mais que briguento eu sou um observador, e posso afirmar que está a se organizar pelo mundo uma avalanche de propósitos pacificadores. O cansaço tá ganhando espaço e levando as pessoas evitar o combate, buscando o diálogo. Desde o Putin até pensadores, jornalistas e influenciadores. E mais, as pessoas 'normais' também querem achar um farol que possa guiar e se afastar da tempestade. Na verdade precisamos pensar em ajudar a eleger quem é capaz de fazer a moderação, ou a interlocução com a oposição. Esse é o ponto. Não o confronto.

Gostaria de ressaltar que na pandemia, as cidades administradas por mulheres, no Brasil , tiveram 43% menos mortes que as administradas por homens. A Ângela Merkel liderou o continente europeu por 16 anos, sem conflitos. As mulheres fazem o dobro do trabalho do mundo e tem apenas uma propriedade em cada 100 de todas as propriedades existentes. Revoltante e Indecente. É preciso tomar juízo. Pra não errar, pelo menos as mulher deveria votar em mulher. As mulheres tem o poder de apaziguar.

Pelas minhas observações eu vejo esse clarão na mão da kamala Harris. Uma mulher representativa do bom sendo. Provavelmente vai se criar um ambiente de serenidade, como é da natureza feminina. Vai ser uma experiência fascinante, ver uma mulher no cargo mais importante. O mundo merece essa chance.