Casa de Pedras e Aldeia Indígena marcam conclusão das filmagens de documentário

As gravações do documentário “Mangueirinha, Coração do Paraná” foram concluídas no entardecer de sexta-feira, 22 de agosto de 2025, depois de vários dias de captação em locais que guardam a história e a cultura do município. Entre os pontos visitados, a Casa de Pedras e a Aldeia Indígena marcaram a fase final dos registros. A obra, realizada com recursos da Lei Aldir Blanc, terá 25 minutos de duração e será um registro da memória de Mangueirinha.

Casa de Pedras: um patrimônio em pé há mais de 150 anos

A Casa de Pedras é uma das construções mais marcantes do Sudoeste do Paraná. Com cerca de 100 metros quadrados, paredes com mais de 50 centímetros de espessura e feita com pedras irregulares, ela resiste ao tempo há muitas décadas.

Há relatos de que tenha mais de 150 anos, o que a tornaria possivelmente a casa mais antiga de Mangueirinha e uma das mais antigas do Paraná ainda preservadas. Localizada em um ponto estratégico entre Mangueirinha e Palmas, a construção também guarda uma memória sensível: há registros de que pode ter sido feita por escravos e até abrigado pessoas escravizadas. Isso reforça a importância de sua preservação, não apenas como obra arquitetônica, mas como testemunho de uma época que marcou a história regional.

As últimas filmagens contaram com a presença de Leandro Dorini, Manuel Ricardo Mordaski de Almeida e Dorli Netto, que acompanharam como cidadãos o registro histórico no local.

Com potencial para ser tombada como patrimônio histórico, a Casa de Pedras poderá futuramente ser restaurada e se tornar um dos principais pontos turísticos do Paraná.

Aldeia Indígena: cultura e identidade

Outro cenário de destaque nas filmagens foi a Aldeia Indígena de Mangueirinha, que representa parte essencial da identidade cultural do município. Durante as entrevistas, a equipe registrou relatos que mostram a importância do respeito às palavras usadas. Para os indígenas, o termo “reserva” é visto como pejorativo, sendo preferido o uso de “aldeia”. Da mesma forma, a palavra “bugre” é considerada ofensiva, e eles reafirmam sua identidade sendo chamados de índios.

Depoimentos de quem viveu a história

O documentário também registrou depoimentos de moradores com mais de 90 anos, que falaram sobre como era viver em Mangueirinha no passado e como é hoje. Esses relatos trouxeram à tona costumes, valores e fatos históricos que ajudam a compreender a transformação da cidade ao longo das décadas e fortalecem ainda mais a identidade local.

Outros cenários históricos e culturais

Além da Casa de Pedras, da Aldeia Indígena e dos depoimentos históricos, o documentário percorreu outros locais relevantes de Mangueirinha, compondo um mosaico da memória e da diversidade cultural do município. Cada registro contribui para valorizar a história da cidade e reforçar o sentimento de pertencimento da comunidade.

Potencial turístico em expansão

Mangueirinha já é conhecida por seus lagos de beleza natural, que atraem investimentos em casas de veraneio e visitantes de diferentes regiões. Somando natureza, patrimônio histórico e cultura indígena, o município fortalece sua vocação como um polo turístico em crescimento no Paraná.

Lançamento e legado cultural

O documentário “Mangueirinha, Coração do Paraná” deve ser lançado até o fim de dezembro de 2025 nas plataformas digitais da Prefeitura de Mangueirinha. Uma cópia também ficará disponível no acervo cultural do município, para que futuras gerações tenham acesso a esse registro histórico.

História viva de Mangueirinha

Fundada em 21 de novembro de 1946, Mangueirinha completou 79 anos de emancipação política e, segundo o IBGE de 2022, conta com 16.603 habitantes.

A produção, ao reunir registros da Casa de Pedras, da Aldeia Indígena, de depoimentos históricos e de outros cenários marcantes, reforça Mangueirinha como um verdadeiro coração histórico e turístico do Paraná.