15/03/2024 11:35
Atualmente, mais de 60 mil pessoas no Brasil aguardam por um transplante
Para muitas pessoas, o transplante de órgãos representa não apenas uma esperança de vida, mas também a oportunidade de um novo começo. Com o maior programa público de transplante do mundo, o Sistema Único de Saúde (SUS) realiza cerca de 87% dos transplantes de órgãos com recursos públicos, proporcionando uma vida melhor para milhares de brasileiros.
Para manter esse legado de vida, é essencial que a população compreenda a importância do ato de doar órgãos. Informar à família sobre o desejo de ser doador é o primeiro passo para que a doação seja realizada. O transplante é um procedimento cirúrgico que substitui um órgão ou tecido doente por um órgão ou tecido saudável de um doador, vivo ou não.
O diagnóstico de morte encefálica, necessário para a doação de órgãos, segue regulamentação do Conselho Federal de Medicina, garantindo rigor e precisão. Após a confirmação do diagnóstico por dois médicos diferentes, comprovado por exame complementar interpretado por um terceiro médico, a doação pode ser autorizada.
Há dois tipos de doadores: o doador vivo e o doador falecido. O primeiro pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não comprometa sua própria saúde. Parentes até o quarto grau e cônjuges podem doar sem autorização judicial. O segundo tipo é composto por pacientes com diagnóstico de morte encefálica, cujos órgãos podem salvar vidas de pacientes na lista de espera por um transplante.
Entretanto, apesar dos avanços na medicina e da conscientização crescente sobre a importância da doação de órgãos, ainda existe uma lacuna significativa entre a demanda e a oferta de órgãos. Milhares de pessoas aguardam ansiosamente por um transplante, enfrentando uma espera agonizante enquanto sua saúde continua a se deteriorar.
É por isso que a educação e a conscientização pública desempenham um papel fundamental na promoção da doação de órgãos. Ao esclarecer equívocos, dissipar mitos e encorajar conversas abertas sobre o tema, podemos incentivar mais pessoas a se registrarem como doadoras e a compartilharem sua decisão com seus familiares.
Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Em números absolutos, o Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA. Segundo o Ministério da Saúde, no primeiro semestre de 2023 foram realizados 206 transplantes de coração no país, aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. Os pacientes, por meio do SUS, recebem assistência integral, equânime, universal e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.
O Ministério da Saúde gerencia a lista de espera por transplantes no Brasil e divulga dados atualizados diariamente. Atualmente, mais de 60 mil pessoas no Brasil aguardam por um órgão para transplante. Dessas, mais de 37 mil aguardam um transplante de rim. Cerca de 370 pessoas aguardam por um coração na fila do transplante atualmente.
Saiba mais sobre cada tipo de órgão e tecido
Coração
Fígado
Pâncreas
Pulmão
Rim
Córnea
Tecidos
Sistema Nacional de Transplantes
Central Nacional de Transplantes
Central de Notificação Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos
Câmaras Técnicas Nacionais
Organização de Procura de Órgãos e Tecidos
Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante
Sistema de Informações Gerenciais do Sistema Nacional de Transplantes