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Empresas precisam se adaptar para receber geração Z

31/07/2024 08:57



Geração Z

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Um dos grandes desafios para os gestores, seja de grandes ou de pequenas empresas e instituições, é lidar com o que se convencionou chamar de “apagão de talentos” no mercado de trabalho. Para expor situações encontradas no dia a dia das empresas diante na nova geração de jovens trabalhadores e como lidar com eles, Ronald Thiel, de Capanema, proferiu palestra no Café Acefb ontem 30 de julho. 

Ronald, da empresa allPrime, de Capanema, argumentou que “o apagão de talentos, que hoje está acontecendo no mercado, é pelo fato de que nós temos aí uma geração Z entrando no mercado, a qual busca alguns pontos que as gerações anteriores não buscavam, principalmente em termos de qualidade de vida. Essa geração vem inserida em um mercado onde nós temos tanta tecnologia, eles pesquisam muita informação, mas eles deixam de lado a própria qualificação”.

O palestrante salientou que essa “é a primeira geração da história que cresceu sem o pai e a mãe em casa. As gerações anteriores, pelo menos a mãe estava em casa, essa não, então foram criados pela tatinha, pelo avô ou avó, pela creche, e aí nós temos uma geração que não teve essa orientação de um mentor enquanto era criança. As empresas vão arcar com as consequências porque o líder vai ter que se tornar um mentor e um pouquinho de pai e mãe dessa geração também, pra trazer a orientação pra eles renovarem e buscar desenvolver seus talentos”.

Para Ronald Thiel, a geração Z, é extremamente criativa, “até muito mais do que as gerações anteriores, o que falta na geração Z é a ação, eles não têm a dificuldade de colocar em prática e sem contar quando nós temos aí ´dinossauros´ à frente das empresas, relembrando a todo momento, na minha época eu fazia desse jeito; assim, eles impedem que a geração Z coloque em prática, eles não acreditam nessa modernização que eles trazem essas inovações, então não falta criatividade, o que falta é os ´dinossauros´ começarem a se antenar e se adaptar nas suas empresas”.

Para manter esses jovens talentos nas empresas, Ronald tem algumas dicas. “As empresas, hoje, elas precisam gameficar o trabalho, que é fazer com que o processo do trabalho se torne como se fosse um jogo, um game. E, de certa forma, a gameficação, além de ela tornar o processo do trabalho produtivo dessa geração, ela, principalmente, vai tornar o trabalho também divertido, entreter e tornar ele competitivo. A gameficação do trabalho é a grande chave para tornar a geração produtiva e conseguir reter esses talentos”.

O palestrante disse que essa nova geração busca, sempre, o retorno das coisas. “Então, dentro da empresa, essa geração é a primeira que não busca tantos ganhos financeiros e materiais. Eles buscam qualidade de vida. Uma das adaptações para o futuro é as empresas trazerem algum tipo de benefício para os seus funcionários da geração Z que não seja financeiro, e isso vai reter esse pessoal.”

O presidente da Associação Empresarial (Acefb), William Madruga, considerou oportuno o tema tratado na reunião semanal, “porque cabe a nós, enquanto gestores, enquanto líderes, nos adaptarmos a todas as gerações e a forma com que cada uma vê o mundo, a forma com que cada geração vê o mercado”.

William entende que há talentos, mas que as pessoas não veem da mesma forma como os jovens veem as coisas. “Cabe a nós nos adaptarmos a essa nova forma de olhar o mercado de trabalho e nos adaptarmos pra essa geração que está chegando”, aconselha o líder empresarial. Mesmo com características diferentes das gerações anteriores, William argumenta que “esses novos talentos, que eu não tenho dúvida que essa geração que está chegando tem muito talento, tem muito a contribuir, basta a nós nos adaptarmos e aproveitarmos o melhor de cada um tem”.