Doença já foi diagnosticada em pacientes de outros municípios.
O número de casos de coqueluche vem aumentando no Paraná, na região Sudoeste e em Francisco Beltrão. A Secretaria de Estado de Saúde divulgou que o número de casos confirmados de coqueluche subiu 86% nos últimos 30 dias no Paraná, passando de 537 para 1.000. Crianças e adolescentes são os grupos mais afetados pela doença. Se comparado a julho, o aumento foi de 880%, quando o Estado contava com 102 casos. Os dados divulgados pela Secretaria da Saúde reforçam a necessidade do cuidado e da prevenção, com a vacinação.
O Setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Francisco Beltrão está fazendo um apelo para que os pais das crianças menores de um ano que não foram vacinadas contra a coqueluche procurem as unidades básicas de saúde e recebam a dose e façam a atualização das vacinas. As crianças menores de um ano, se forem contaminadas pela coqueluche, correm o risco de evoluir para as formas mais graves da doença.
Outro apelo é para as gestantes. A partir da vigésima semana de gestação elas devem procurar as unidades de saúde para a imunização contra esta doença.
Comparativo dos últimos anos
Em Beltrão, até o começo desta semana haviam 44 casos em investigação e 30 pacientes confirmados com a doença. De 2012 a 2022 o total de casos confirmados de coqueluche no município foram 25, portanto já superou o número de casos este ano.
Dos 30 casos confirmados deste ano, nenhum dos pacientes precisou de internamento hospitalar. Nos casos positivos da doença, a Vigilância Epidemiológica entra em contato com o caso confirmado, e faz uma investigação, buscando informações sobre provável fonte (contato com caso sintomático respiratório), se foi na escola, familiar ou outro. O Tratamento Quimioprofilático e a vacinação são indicados para os contatos domiciliares e mais íntimos do caso suspeito/confirmado, evitando-se assim mais casos da doença.
A Vigilância Epidemiológica informa que as doses da vacina estão liberadas só para as crianças da faixa estabelecida pelo Plano Nacional de Imunização (PNI), para gestantes com 20 semanas acima de gestação, profissionais de saúde que trabalham em maternidades e serviços de obstetrícia em hospitais. Este ano, devido ao aumento de casos da doença, houve a liberação da vacina para os trabalhadores dos centros de educação infantil.
Os servidores da Vigilância Epidemiológica de Beltrão estão passando em todos os centros de educação infantil aplicando a vacina nos funcionários e professores. Também estão sendo aplicadas vacinas nas pessoas que comunicam os casos à saúde pública.
Mais casos também em municípios da região
JdeB – A chefe da 8ª Regional de Saúde, Nádia Zanella, relata que sobre a coqueluche até agora são 33 casos confirmados na abrangência da Regional de Saúde, que compreende 27 municípios de acordo com o boletim epidemiológico semanal da Sesa – PR que é divulgado uma vez por semana.
Os números alteram diariamente de acordo com os atendimentos e as notificações no sistema de informações do Sinam.
Nadia adianta que foram confirmados mais 13 casos em relação aos números da semana passada.
Casos na área da 8ª Regional de Saúde
Dois Vizinhos - 1
Francisco Beltrão - 27
Marmeleiro - 2
Nova Esperança do Sud. - 1
Realeza - 1
Renascença - 1
Quais são os sintomas? Os sintomas da coqueluche podem se manifestar em três níveis. No primeiro nível, o mais leve, os sintomas são parecidos com o de um resfriado.
• Mal-estar geral
• Corrimento nasal
• Tosse seca
• Febre baixa
Doenças Infecciosas e Parasitárias
A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada por bactéria. Está presente em todo o mundo. Sua principal característica são crises de tosse seca. Pode atingir, também, tranqueia e brônquios. Crianças menores de seis meses podem apresentar complicações que, se não tratada corretamente, pode levar à morte.
Quais são os fatores de risco?
Os principais fatores de risco para coqueluche têm relação direta com a falta de vacinação.
• Nas crianças a imunidade à doença é adquirida quando elas tomam as três doses da vacina, sendo necessária a realização dos reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
• Pode ser que o adulto, mesmo tendo sido vacinado quando bebê, fique suscetível novamente à doença porque a vacina pode perder o efeito com o passar do tempo.
Como é transmitida?
A transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar.
Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes. Isso é pouco frequente, porque é difícil o agente causador da doença sobreviver fora do corpo humano, mas não é impossível.
O período de incubação, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer desde o momento da infecção, é de, em média, 5 a 10 dias podendo variar de 4 a 21 dias e, raramente, até 42 dias.