Microexplosão e tempestades atingiram o Oeste catarinense

O município de Garibaldi e Chapecó foram os mais atingidos

Entre o feriado da Sexta-feira Santa, 18 de abril e a manhã deste sábado, 19 de abril, o tempo mudou drasticamente em diversas regiões de Santa Catarina. A atuação de áreas de baixa pressão, combinada com a aproximação de uma frente fria, resultou em temporais intensos no Oeste, Meio-Oeste e Planalto Sul do estado.

Apesar de localizadas, as tempestades apresentaram forte intensidade, com registro de granizo, alagamentos e ventos destrutivos em várias cidades.

Na noite de sexta-feira, 18 de abril, o município de Anita Garibaldi, no Planalto Sul, foi atingido por uma forte tempestade. A cidade enfrentou chuva intensa e queda de granizo em grande quantidade, o que provocou acúmulo nas vias e relatos de alagamentos em diferentes pontos da cidade.

Já no início da manhã deste sábado, 19 de abril, Chapecó, no Oeste do estado, foi impactada por uma tempestade severa, que chegou acompanhada de ventos extremamente fortes. Imagens do radar meteorológico indicam que as rajadas atingiram velocidades entre 80 e 90 km/h em parte do município.

Os danos observados em Chapecó são compatíveis com a ocorrência de um downburst, também conhecido como microexplosão atmosférica. Esse fenômeno é caracterizado por uma intensa corrente de ar descendente que atinge o solo com força e se espalha rapidamente, gerando rajadas de vento que podem superar os 100 km/h.

A tempestade que passou por Chapecó e municípios próximos foi monitorada em tempo real e gerou diversos alertas meteorológicos, incluindo nível de atenção, que indica alto risco de ocorrências severas.

A Defesa Civil alerta que, com o avanço da frente fria ao longo deste sábado, novas instabilidades climáticas são esperadas nas regiões central, leste e norte de Santa Catarina. Conforme o aviso meteorológico vigente, essas tempestades podem vir acompanhadas de chuvas intensas, fortes rajadas de vento e queda de granizo, mantendo o risco elevado para ocorrências climáticas adversas.

A população deve ficar atenta às atualizações meteorológicas e seguir as orientações da Defesa Civil, especialmente em áreas com histórico de alagamentos ou vulnerabilidade a ventos fortes