26/06/2024 13:17

O retorno do messias

Jim Jones 

Eu já tentei ir para os Estados Unidos. Também participei de reunioes para a fundação do partido novo. Fiz campanha pro Marcel Van Hatenn. Sim, já fiz muita coisa lamentável. Também já tinha lido sobre a biografia e a trajetória do Jim Jones, quando em fevereiro de 1996 eu fui pra Guiana. De Boa Vista a Bonfim, RO. Atrevessei a divisa na cidade guianensse de Lethen. De Lethen a Georgetown, viajei por 2 dias num pau de arara. Um caminhão inglês, da segunda guerra. Meu objetivo era chegar a Guiana Francesa, mas estando na Guiana pensei na oportunidade de conhecer Jonestown(cidade do Jones), ver os estragos de uma história icônica. Jonestown fica no norte da Guiana, região reinvindicada pela Venezuela. Mas em Georgetown fui informado sobre os riscos de violência que me convenci a seguir para o Suriname, aconselhado por uma moça cubana que trabalhava em um banco americano, em Georgetown. As condições pra chegar a Jonestown eram precárias por demais. Abandonei. Por coincidência, ja estive hospedado no hotel Jaraguá em São Paulo, o mesmo que o Jim Jones se hospedou. São Paulo poderia já ter sido Jonestown. Mitologia é destino, diria o psicanalista.

Jim Jones era um americano assim como o Trump.  Jim era filho de uma mãe negligente e um pai militar. Problemático na infância. Complicadíssimo na escola, mas lia muito. Lia Mahatma Gandhi, Carl Marx, Josef Stalin e principalmente Hitler. Tinha uma obsessão pelo partido nazista. Os vizinhos ficavam intrigados que durante a segunda guerra ele ficava exaltando a Alemanha. A sua verdadeira pretensão era ser pastor. Tanto fez e insistiu que conseguiu. E fez mais, criou a sua própria igreja.  Neste período ele foi expulso da igreja metodista, por ter roubado dinheiro da instituição. Depois de frequentar várias assembléias, enfrentando divergências, criou o Templo dos Povos, sua  própria igreja.

Na época de Jim, coach não era epidemia mas ele ensinava e ajudava muitas pessoas pobres, principalmente os negros, ensinando maneiras de melhor a sua condição financeira. Ele conseguia trabalho em empresas de pessoas brancas. Quando criança dizia ter habilidadedes para voar, quebrando o braço ao pular de cima do telhado. No começo da carreira como pastor, foi expulso da igreja metodista por ter roubado dinheiro da instituição. Sob investigação nos Estados Unidos, levou sua igreja para a selva da Guiana. Quando o congresso americano enviou reprentantes para investigar e tentar salvar as pessoas, foram metralhados e os fiéis foram induzidos a um suicídio coletivo. Quase mil pessoas foram mortas. Suicídio rima com genocídio só pra dizer que uma coisa não tem nada a ver com outra.

Pablo Marçal 

Tá legal, não vou criticar e nem comparar, mas vou falar do Pablo Marçal. Insisto: O Brasil não deveria passar por isso. Voto é uma identificação de similaridade e o Bolsonaro foi o espelho onde o eleitorado se viu representado. Não deu em nada porque não tinha nada pra refletir. A reflexão é que a falta de razão nos levou a flertar com a ruptura ou a dita... O Marçal é a figura que preenche essa esperança messiânica. Essa conformação de seita. Temos um grande problema no Brasil que é uma boa maioria de gente carente de salvação ou de salvador e o sujeito é um engambelador com receita. Ele vai preencher assa lacuna. Ele sabe falar insinuando destravar as pessoas. O Brasil está intrumentalizado para o sucesso deste tipo de profeta ou artista. Os brasileiros gostam destes genéricos americano. O Bolsonaro é um genérico do Trump. Os patriotas brasileiros sabem mais do Walt Disney que do Beto Carreiro( ministrei curso de batizado a ele, sua esposa e a família dos seus três afilhados. Era um bom sujeito até onde eu sei). Ou conhecem mais da Flórida do que do Rio de Janeiro. A gramática do Pablo se encaixa nas palavras cruzadas do bolsonarismo ou da direita conservadora. Ele tem carisma e retórica. Leu auto ajuda. Foi atendente de marketing onde desenvolveu oratória. Paulo Marçal sabe o que quer.

Ficou milionário vendendo curso de auto ajuda. Acionado pela PGR, por ser um costumas divulgador de notícias falsas. É investigado por lavagem de dinheiro. Também foi condenado por desvio de dinheiro de bancos, junto com o pastor, quando tinha 18 anos. Disse que evitou a queda de uma aeronave, uma história mentirosa, na avaliação de Lito Souza, especialista em aviação. Levou um grupo de pessoas para a serra da mantiqueira, numa demostração de total despreparo. O corpo de bombeiros foi mobilizado e as pessoas foram 'salvas pelos bombeiros'. Na maratona organizada por Pablo Marçal, só morreu uma pessoa. O Pablo Marçal é uma pessoa excitante, na visão de Renato Cariani. Pablo Marçal tem experiência.

FONTE: Pesquisa

AUTOR: PAULO ADEMIR BRAUN
Ademir

CRÉDITO: Paulo Ademir Braun

REDAÇÃO: Paulo Ademir Braun