Ruptura

A hora e a vez das mulheres

Ruptura 

Na próxima terça feira, pode acabar com a brincadeira de sonhar que a vida vai melhorar. É surreal observar sem poder interferir ou impedir que uma fração de americanos carregados de ódio, empanturados e preocupados com o preço do hambúrguer, de alguma providência insignificante, vão eleger o líder do mundo. Só o ódio de não conseguirem ser os beneficiário ou os escolhidos para as beneces capitalista, faz com que acreditem num ilusionista. Nada justifica o voto num sujeito folclórica, perverso e vazio como é o Trump.

Claro que se você é mulher igual a Maria Tereza. Tem as beneces da realeza. Teria razão, mas se não, qual a explicação para uma mulher não sonhar, participar, ajudar e torcer para uma mulher chegar ao topo do poder. Nada pode ser mais grandioso em toda a história da humanidade.

Pra sair do escuro, do outro lado do muro existe um clarão que pode ser a redenção. Desde a origem da civilização, não existe nenhuma anotação ou explicação para a razão que justifique as restrições para a ascensão das mulheres. Liderança então, nem em conto de fada. Nem na literatura ou mitologia, nem no mundo metafísico. Nenhum indício, nenhum relato, nenhuma gravura ou pintura. Na próxima segunda pode acontecer essa ruptura. Uma mulher, pela primeira vez, pode ser a mais poderosa. Expectativa gostosa. É só olhar para o cenário e ver que estamos num ponto necessário de ruptura. Eu sou do milênio passado e sobrevivi até aqui. Vou dar essa vida comprida com excelência se eu tiver a experiência e o prazer de ter ajudado esse avanço a acontecer. Kamala Harris, May the world have this luck (que o mundo tenha essa sorte).

No último final de semana o Brasil elegeu a democracia. Nenhum líder para se orgulhar. Nada de significante ou interessante. O mais importante foi que ninguém reclamou das urnas desta vez, e o xadrez se aproxima de quem achou que poderia afrontar a legalidade.

Os extremos e os extremistas perderam. Tanto que os dados se movimentaram. O Arthur lira, fez a correta leitura e já tirou a anistia, da pauta de interesses. O poder está dominado pelo sistema. É uma pena. Voltamos a estaca zero. O aprendizado que deveria ser captado é que arruaceiros só servem para legitimar e dar mais poder aos mesmos de sempre.

A esperança é que aconteça uma mudança de paradigma. A eleição da kamala Harris pode e deve mostrar que as mulheres precisam conquistar um equilíbrio e também se apresentar com força e direitos iguais. A vida vai ter mais sensibilidade e serenidade.