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Colégio de Dois Vizinhos terá assembleia para discutir o programa Parceiro da Escola

16/10/2024 11:47



A reunião ocorrerá nesta quarta-feira, 16 de outubro, a partir das 19h

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O Colégio Estadual de Dois Vizinhos está entre os 206 selecionados em todo o Paraná para consulta pública que vai definir se a escola será incluída ou não no Programa Parceiro da Escola. Dentro dele, empresas se tornam responsáveis pelo gerenciamento administrativo das instituições de ensino, além de gerir terceirizados responsáveis por áreas como limpeza e segurança.

Com o objetivo de apresentar o programa, será realizada hoje, 16, às 19h, uma assembleia no estabelecimento de ensino duovizinhense. Todos os pais são convidados a participar. “Vamos receber representantes da Secretaria de Estado e Educação, de Curitiba, para apresentar o projeto. Vamos poder tirar dúvidas e desmistificar algumas inverdades que foram faladas, como, por exemplo, que o estudante vai pagar R$ 800 para estudar. Não, continua gratuito. O estudante vai ganhar. O que vai ganhar? Uniforme. Dois shorts, duas camisetas, duas calças e um agasalho de moletom. Não vai ter mais aula vaga porque teremos pessoas que vão ficar nas escolas dando esse suporte porque o diretor nunca sabe se o professor fica doente e vai ter de faltar trabalho”, disse Dírsio Ferreira da Silva, chefe do Núcleo Regional de Educação de Dois Vizinhos.

Nova Prata do Iguaçu

O Colégio Estadual Cristo Redentor, em Nova Prata do Iguaçu, também vai passar pela consulta e terá assembleia na manhã de amanhã, 17, às 8h30. A consulta popular deve acontecer na segunda quinzena de novembro – a adesão é aprovada com 50% mais um dos votos de alunos com mais de 18 anos ou responsáveis dos menores, professores e equipe.

Dírsio exaltou que o projeto é inovador no Brasil. “A ideia não saiu do nada. Ele veio de pesquisas, de viagens para países como a Coreia do Sul, Espanha, Inglaterra, que já contam com esse projeto muito bem desenvolvido. Como efeito, por exemplo, ele aumentou a aprendizagem e a frequência escolar. No Paraná, temos um piloto em duas escolas e a avaliação da comunidade escolar foi uma aprovação superior a 90%. Eu preciso desmistificar algumas coisas: primeiro, não é privatização. É parceria. Se você privatizar, você entrega toda a estrutura para uma empresa privada e não é isso que vai acontecer. O que vai acontecer? A direção vai se preocupar com o pedagógico, a frequência dos estudantes, atendimentos dos professores, com os pais, enquanto essa empresa, que é uma escola particular, se preocupa com a direção administrativa, o financeiro da instituição, no qual, hoje, uma das maiores reclamações dos diretores que acabam não tendo tempo para o pedagógico”, explicou.

 

Se aprovada, a mudança já começa em 2025

O chefe do núcleo ressaltou que, caso a mudança seja aprovada, a parceria já começa em 2025. “São várias escolas particulares que estão concorrendo ao certame e podem assumir essas escolas no Estado todo. Elas vão receber, teoricamente, R$ 800 por aluno, mas desconta merenda, pagamento de professores do quadro próprio do Estado, colaboradores, toda a parte que o Estado segue pagando, então, não sabe quanto a empresa vai receber. Não vai ser retirado nenhum professor do quadro da escola, não tira funcionários concursados. Terminando a distribuição de aulas entre eles, no entanto, a empresa passa a contratar professores. Não vai mais ter o PSS. Os dois diretores pedagógicos vão atuar junto para fazer a entrevista e contratar através da CLT. Nesse valor, a empresa tem que manter um prédio, comprar material de expediente e de limpeza, a empresa ainda precisa dar uniforme e contratar uma nutricionista que vai ficar na escola e auxiliar as merendeiras. Sobre a questão das matrículas, fica tudo normal. Claro que se o estudante optar em ir para outra escola, pode ir para a integral, cívico-militar ou qualquer outra”, completa.

O sistema será avaliado todos os anos. “É um contrato que será celebrado e eles serão avaliados na evolução da frequência, aprendizagem, manutenção e conservação das instalações.  Caso a comunidade escolar não esteja satisfeita, o contrato pode ser cortado”, concluiu Dírsio.