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Geral

Migrantes

Migração do Norte de Luxemburgo para a grade Florianópolis.


Luxemburgo é um país no coração da Europa. Surgiu em 963 em volta de um precipício, que se tornou uma grande fortaleza. Luxemburgo tem 2586 km², com 82 km longitudinal e 57km na transversal. 132 metros de altitude no ponto mais baixo, em Wasserbilling, na Foz do rio Sure e o Kneiff em Clervaux é o ponto mais alto a 560 metros. A curiosidade genial é que nenhum pingo de chuva ou nenhuma água de vertente escorre para fora do território do Luxemburgo. Afunilando tudo para Wasserbilling. O Rio Sure é o principal rio de Luxemburgo. Reúne as águas do norte, enquanto o seu principal afluente, o rio Alzete, escorre do sul para o centro.


No último censo, Luxemburgo contava com 666 mil habitantes, aproximadamente. 3 distritos e 13 cantoes (estados), curiosamente com o nome da cidade mais importante de cada cantão, com total redondo de 100 municípios. Clervaux é a capital do cantão e considerada a capital das Ardenas (mata escura). Clervaux é o maior estado e está localizado no extremo norte do Luxemburgo.


Luxemburgo hoje é um país rico. Mas houve um tempo que esta terra era o retrato da miséria. Matéria investigativa do jornal alemão apontava em 1814 que 'a população do norte de Luxemburgo era coesa, devido a pobreza, sem muita infiltração. Não atraía elementos estrangeiros. As pessoas eram de físico grosseiro e de pouca inclinação para artesanía e indústria. Sem espírito especulativo e pouca iniciativa ou desempenho intelectual'. Nas minhas observações parece preservadas estas constatações.


O primeiro Luxemburgueses a chegar no Brasil foi o padre João Felipe Bettendorf, no dia 20 de janeiro de 1661. Fundador da cidade de Santarém. No sul do Brasil, o primeiro Luxemburgueses a chegar foi Peter Steil em 17 de agosto de 1828. Mathias Mombach com a família e as famílias Schuller, Stresser e Mannes. Também Bley e Grein que fundaram a colônia de Rio Negro, no Paraná, são da primeira onda, começada em 1828.


Do cantão de Clervaux teve uma concentração de migrantes na direção do Brasil, principalmente para a região de Florianópolis. Nas levas de 1861 a 1863, as famílias Bauler, Decker, Gomes, Jüttel, Heidercheid, Hermann, Kalbuch, Kammers, Kaufman, kempner, Kleis, Koch, Löwen, Lux, May, Meyer, Olinguer, Perard, Poring, Schapo, Schmidt, Schwinden, Theisges, Theissen, Turnês, Weber, Wilmes, Wilvert e Zwang chegaram e se instalaram na região de Florianópolis. Majoritariamente em São Pedro do Alcântara, Rancho Queimado, Taquaras, Angelina e Alfredo Wagner. Essas regiões concentram a migração do cantão de Clervaux. Continuou com as famílias Vieres, Jacobi, Feilen, Leweck, Tholl, Schröder, Bertemes e Khurt.


No coração de Clervaux tem um mosteiro desativado. Cinqfontaine (5 fontes). Foi um importante centro de formação de padres da congregação do Sagrado Coração de Jesus, SCJ. Formava padres para missões com os migrantes Luxemburgueses e alemães em SC. Inclusive a diocese de Santa Catarina, em sua fundação, o bispo Dom João Becker, nascido alemão, contava com 84 padres, 66 eram de língua alemã.


Clervaux é um Cantão com uma aura misteriosa preservada na histórica e  no meio ambiente. Fascinante. Apesar de rico financeiramente, tenho a impressão que preserva o baixo grau de evolução. Parece imutável e impermeável.  Mesmo assim é muito agradável. Intrigante como esse lugar deslumbrante pode ser tão desconhecido com suas histórias e monumentos tão pouco registrados e divulgados. Luxemburgo está no coração da Europa e é muito pouco conhecido ou divulgado. Não tem um trabalho de divulgação turística. Clervaux é uma região desconhecida para boa parte dos próprios Luxemburgueses. É provável que os brasileiros saibam mais da Amazônia que os Luxemburgueses, de Clervaux.

Fonte: arquivos pessoas

Autor: Paulo Ademir Braun

Crédito da imagem: Paulo Ademir Braun

Repórter: Paulo Ademir Braun

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