19/09/2024 14:50
A operação tem por objetivo desarticular um possível grupo criminoso formado por servidores públicos municipais suspeitos de cobrarem ilicitamente valores de pessoas que desejassem realizar cortes, podas e remoções de árvores na cidade
O Ministério Público do Paraná, por meio da 20ª Promotoria de Justiça de Maringá, no Norte Central do estado, desencadeou nesta quinta-feira, 19 de setembro, com apoio do núcleo local do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Operação Pix, com o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão em endereços de investigados, bem como mandados de busca e apreensões pessoais.
A operação tem por objetivo desarticular um possível grupo criminoso formado por servidores públicos municipais suspeitos de cobrarem ilicitamente valores de pessoas que desejassem realizar cortes, podas e remoções de árvores na cidade. Os pagamentos normalmente eram feitos por Pix, daí o nome da operação. São investigados possíveis crimes de corrupção e concussão e crimes ambientais, além de atos de improbidade administrativa.
Furando a fila – Apesar de Maringá possuir um cadastro em ordem cronológica de árvores a serem cortadas, removidas ou podadas pelo poder público, sem o pagamento de taxas pelos munícipes, funcionários da Secretaria responsável pelos serviços são investigados por solicitar ou exigir pagamento em dinheiro para agilizar e efetivar os serviços. Para isso, desrespeitavam a ordem cronológica, utilizando veículos e maquinários do Município para os serviços, muitas vezes sem o necessário laudo dos engenheiros responsáveis pelas autorizações de poda e corte.
Em Maringá, há uma grande fila de espera pela realização desses serviços, sendo inúmeras as reclamações de pessoas que aguardam por até quatro anos sem que os serviços sejam feitos, correndo o risco de perder patrimônio ou mesmo riscos físicos, diante da inação do poder público.