Não existe sucesso sem alguém te chamando atenção

Não existe sucesso sem alguém te chamando atenção

Alguém que te veja de fora. Que te questione. Que te confronte. Que tenha coragem de dizer o que você não quer ouvir, mas precisa. Pode ser um amigo, um sócio, alguém que você admira, alguém que você está ensinando ou até alguém que te vê como referência.

A verdade é que, na correria do dia a dia, a gente se acostuma. Vai entrando no automático. Faz mais do mesmo, acha que está evoluindo, mas só está repetindo. E quem entra nesse modo automático começa a andar em círculos sem perceber. O mais perigoso disso é que você acredita que está avançando, quando na verdade só está rodando no mesmo lugar.

A vida, quando é levada a sério, exige repreensão. Exige alerta. Exige gente ao seu redor com coragem o bastante pra te cutucar no momento certo. E aqui tem um ponto que precisa ser compreendido com clareza: existe uma diferença enorme entre crítica e repreensão.

Essa diferença não está nas palavras. Está na origem. Está em quem fala. Está na história de quem fala. No que essa pessoa já construiu. Nos resultados que ela já colheu com as próprias mãos.

Repreensão de verdade vem de quem já suou. De quem errou, caiu e levantou. De quem viveu e ainda tem disposição pra te estender a mão, não pra te agradar, mas pra te acordar. E quem construiu, quem pagou o preço, tem autoridade moral pra te chamar atenção. Mesmo que doa. Mesmo que desestabilize. Mesmo que te tire da zona de conforto. É esse desconforto que faz você se mexer. E só quem já se moveu de verdade sabe como é difícil sair do lugar.

Agora, a crítica… a crítica vem de outro lugar. Vem da frustração. Vem da inveja. Vem da insegurança. Vem da dor mal resolvida de quem parou no tempo e agora se ocupa falando mal dos que ainda estão tentando. Crítica destrutiva geralmente vem de quem nunca construiu nada. De quem escolheu ser espectador da vida e agora vive apontando o dedo. É gente que não teve coragem de tentar e, por isso, torce inconscientemente pra você falhar também.

Tem gente que se especializou nisso. Em encontrar defeito onde há esforço. Em desmerecer quem está construindo. Em rir de quem sonha alto. Mas escuta uma coisa: quem não viu a sua visão, nunca vai entender a sua missão.

Porque toda construção começa dentro. Antes de virar obra, é sonho. Antes de ser concreto, é ideia. Antes de ser negócio, é fé. É pensamento. É imagem. É ousadia.

Steve Jobs sabia disso. Foi demitido da própria empresa. Voltou maior. Voltou com visão. Criou produtos que mudaram o mundo. E segundo sua biografia escrita por Walter Isaacson, ele dizia que as pessoas não sabiam o que queriam até que alguém mostrasse. E ele mostrou.

Elon Musk também ouviu que era maluco. Fundou a SpaceX. Lançou foguetes ao espaço. Criou a Tesla. Comprou o Twitter. E ainda disse: “Quando algo é importante o suficiente, você faz, mesmo que as chances estejam contra você.”

Esses homens foram chamados de malucos. E foram mesmo. Mas foram malucos o suficiente pra continuar quando todos os outros pararam. E essa loucura que a crítica aponta, é exatamente a fé que o visionário carrega.

Talvez agora você esteja pensando: “Então eu tenho que estar numa grande multinacional pra crescer?” E aqui eu te provoco: não. Você não precisa de crachá bonito, de estrutura milionária ou de sede espelhada.

Você precisa estar onde existe alguém disposto a te ensinar. Onde você cresce. Onde alguém acredita em quem você pode se tornar. Onde há troca, confronto, humildade e verdade.

Se permita estar na roda onde você é o que menos sabe. Quem só anda com quem sabe menos, nunca cresce. Troque o orgulho pela humildade. Troque o conforto pelo desconforto que forma gente grande.

E não se esqueça: a vontade de vencer precisa ser maior do que o orgulho. Tem gente que não cresce por falta de oportunidade. Mas tem gente que não cresce por excesso de ego. A pessoa não sabe perdoar. Se afasta de quem poderia ensinar. Não dá o braço a torcer. E isso é burrice emocional.

Quer um exemplo real? Quando eu tinha 18 anos, minha primeira moto foi uma CG 150 vermelha. Em algumas estradas, eu pilotava atrás de carretas em descida. Sabe por quê? Porque elas cortavam o vento. No vácuo da carreta, a moto andava mais leve, mais rápido. Era mais fácil seguir. Obviamente que isto que eu estou falando é uma metáfora.

Na vida, acontece igual. Tem gente que já está abrindo caminho. Já cortou o vento. Já levou pancada. E você, ao invés de aproveitar o vácuo, se afasta por orgulho.

Não faz isso com você.

Se una aos fortes. Aprenda com os mestres. Honre quem te puxou quando você ainda não andava sozinho. E lembre: se o seu ego estiver vencendo a sua vontade de crescer, é hora de inverter isso. Agora.

Porque cresce mesmo... quem aguenta ser puxado.

Por Junior Aurélio Vieira de Oliveira

É assim que eu penso.

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