06/08/2024 09:06
A redução de 1,29% no mês de julho é reflexo das retrações dos produtos em todos os municípios em que a coleta é realizada. A maior queda ocorreu em Curitiba (-2,63%). Na sequência aparecem Maringá (-1,69%), Londrina (-1,01%), Cascavel (-0,98%), Ponta Grossa (-0,75%) e Foz do Iguaçu (-0,69%).
Puxado pelas quedas do tomate (-34,39%), batata-inglesa (-12,04%) e alface (-5,08%), o Índice de Preços Regional (IPR) Alimentos e Bebidas registrou redução de 1,29% em julho, a primeira após nove meses. No sentido contrário, banana-caturra (12,83%), alho (4,96%) e pernil suíno (3,96%) tiveram os maiores aumentos de preço no mês passado. O índice é calculado mensalmente pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
O IPR-Alimentos e Bebidas utiliza como base os preços de 35 produtos comercializados nas cidades de Curitiba, Maringá, Londrina, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu. A redução de 1,29% no mês de julho é reflexo das retrações dos produtos em todos os municípios em que a coleta é realizada. A maior queda ocorreu em Curitiba (-2,63%). Na sequência aparecem Maringá (-1,69%), Londrina (-1,01%), Cascavel (-0,98%), Ponta Grossa (-0,75%) e Foz do Iguaçu (-0,69%).
O diretor de Estatística do Ipardes, Marcelo Antonio, destaca que a queda no mês passado freou a tendência de alta registrada nos últimos meses. “Nós observamos uma reversão do comportamento do preço de alimentos e bebidas em julho. Foram nove aumentos consecutivos do IPR e no mês passado tivemos um decréscimo de 1,29%. Essa queda mensal está atrelada especialmente ao preço do tomate”, ressalta.
De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), os bons resultados da 1ª safra e as estimativas de colheita superior na safra em andamento aumentaram a disponibilidade do tomate, o que refletiu em preços mais baixos nos supermercados.
“Isoladamente, o tomate contribuiu com mais de 1% dessa queda de 1,29%. Esse número representa para o consumidor uma variação de menos 34%. Então vemos um preço do tomate bem mais barato, devido a safras que foram satisfatórias no nosso Estado”, complementa Antonio.
A redução mais expressiva no preço do tomate foi registrada em Curitiba, de 39,55%, seguida por Cascavel (35,43%), Maringá (34,80%), Foz do Iguaçu (33,03%), Ponta Grossa (31,70%) e Londrina (31,49%). No caso da batata-inglesa (-12,04%), as seis cidades registraram queda no preço, com Maringá tendo a retração mais significativa, de -17,97%. Curitiba (-17,08%), Londrina (-12,82%), Cascavel (-11,09%), Ponta Grossa (-7,96%) e Foz do Iguaçu (-4,55%) completam a lista de reduções.
“No mesmo sentido, temos uma intensificação da colheita da batata. E essa intensificação refletiu em um decréscimo de 12% da batata-inglesa nos mercados. Cabe destacar também uma pequena variação do preço do leite, que auxiliou na retração do índice de uma forma geral”, afirma o diretor de Estatística.
Já a alta da banana-caturra (12,83%) foi influenciada principalmente por Foz do Iguaçu, com 18,56%. Maringá (15,86%), Londrina e Ponta Grossa (12,85%), Cascavel (10,17%) e Curitiba (7,08%) completam a lista de aumento no preço da fruta.
SETE E DOZE MESES– Nos sete meses de 2024, entre janeiro e julho, o IPR registra variação de 5,97%. Curitiba registrou a menor variação acumulada (3,71%). Depois aparecem Maringá (5,70%), Londrina (5,84%), Ponta Grossa (6,68%), Cascavel (6,85%) e Foz do Iguaçu (7,01%).
Segundo Antonio, essa retração ajudou a diminuir o acumulado entre agosto de 2023 e julho de 2024. “Com a queda observada no mês de julho, o resultado acumulado em 12 meses, que seria a inflação de alimentos e bebidas anualizada, desacelerou. Ela saiu de um patamar de 7,2% do período anterior para 6,8%”, lembra.
Regionalmente, o IPR acumulado entre agosto de 2023 a julho de 2024 foi mais significativo em Cascavel (8,68%), acompanhado por Foz do Iguaçu (7,65%), Londrina (7,63%), Ponta Grossa (7,15%), Maringá (6,36%) e Curitiba (3,67%).
Os principais itens com queda no acumulado dos últimos 12 meses foram o tomate (-20,08%), margarina (-11,27%) e ovo de galinha (-7,71%). O preço da fruta teve queda mais significativa em Curitiba (-25,48%), seguida por Maringá (-24,51%), Cascavel (-20,28%), Foz do Iguaçu (-17,44%), Londrina (-16,69%) e Ponta Grossa (-15,53%). A margarina teve queda mais expressiva em quatro das seis cidades pesquisadas: Curitiba (-15,55%), Foz do Iguaçu (-10,72%), Cascavel (-10,16%) e Ponta Grossa (-9,54%).
Do lado das altas, laranja pera (69,77%), cebola (67,03%) e batata-inglesa (64,59%) tiveram os maiores acumulados nos últimos 12 meses. Cascavel registrou aumento de 83,36% na laranja pera, com Londrina aparecendo na sequência, com 74,36%. Foz do Iguaçu (69,55%), Curitiba (66,74%), Maringá (63,37%) e Ponta Grossa (62,17%) completam o índice.
“Nesse acumulado de 12 meses, destacamos aumentos consistentes da laranja-pera, da cebola e da batata. Os aumentos da fruta se devem especificamente a uma alta demanda da indústria de sucos, e no caso de cebola e batata, a gente observa que as quebras de safra na produção de períodos anteriores refletiram de forma consistente nessa alta acumulada em 12 meses”, finaliza o pesquisador.
ÍNDICE – O Ipardes divulga mensalmente a variação do Índice de Preços Regional - Alimentos e Bebidas. Os preços para o cálculo são extraídos de, aproximadamente, 382 mil registros das Notas Fiscais ao Consumidor Eletrônica (NFC-e) emitidas por 366 estabelecimentos comerciais dos seis municípios onde é feita a coleta e disponibilizadas pela Receita Estadual do Paraná, respeitando os critérios de sigilo fiscal.