Saúde alerta para aumento do risco de leptospirose após chuvas
Doença grave já causou 18 mortes no Paraná em 2025 e exige atenção redobrada no período chuvoso
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Doença grave já causou 18 mortes no Paraná em 2025 e exige atenção redobrada no período chuvoso
Com a chegada do período chuvoso, que no Paraná ocorre entre novembro e março, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça o alerta para o risco de contaminação por leptospirose, uma zoonose bacteriana grave e muitas vezes negligenciada, especialmente em áreas urbanas sujeitas a alagamentos.
Causada pela bactéria Leptospira, a doença é transmitida principalmente pelo contato com água ou lama contaminadas pela urina de ratos. De janeiro a novembro de 2025, o Estado registrou 1.557 notificações de leptospirose, com 247 casos confirmados, 103 ainda em investigação, 42 inconclusivos e 1.165 descartados. No mesmo período, foram confirmadas 18 mortes.
Segundo o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, trata-se de uma doença que pode levar à morte. Ele explica que os sintomas iniciais surgem de forma repentina e se assemelham aos de uma gripe, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. O risco aumenta significativamente durante enchentes e alagamentos, comuns no verão.
A Região Metropolitana de Curitiba concentra a maior parte das notificações, com destaque para a área da 2ª Regional de Saúde, que soma 869 registros, 127 confirmações e 12 óbitos. Também há casos e mortes confirmadas nas regionais de Paranaguá, Ponta Grossa, Maringá e Telêmaco Borba.
A contaminação ocorre principalmente pela pele lesionada ou pelas mucosas, como olhos, nariz e boca, quando há contato com água ou lama contaminadas. Durante enchentes, o perigo é ampliado, já que o lixo e a sujeira se misturam à urina de roedores presentes em esgotos e bueiros, criando um ambiente favorável à sobrevivência da bactéria.
Os sintomas costumam aparecer entre 7 e 14 dias após a exposição e incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares, especialmente nas panturrilhas, náuseas e falta de apetite. Sem tratamento adequado, a doença pode evoluir para quadros graves, com comprometimento dos rins, icterícia, necessidade de diálise e hemorragias.
A principal forma de prevenção é evitar contato com áreas alagadas. Quando isso não for possível, é fundamental o uso de botas e luvas de borracha. Após qualquer contato com água de enchente, a orientação é lavar bem o corpo com água limpa e sabão. Para limpeza de locais atingidos, recomenda-se o uso de solução de água sanitária na proporção correta.
O controle de roedores, com descarte adequado do lixo e armazenamento correto de alimentos, também é essencial. Em caso de sintomas após exposição a áreas de risco, a recomendação é procurar atendimento médico imediatamente, pois a leptospirose é curável, mas o atraso no diagnóstico pode ser fatal.
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