Aceita um copo de água ou café?
Cada vez mais empresários têm reclamado que as vendas caíram, que a internet está engolindo o comércio físico, que o movimento já não é como antes. A culpa, dizem, é das redes sociais, dos marketplaces, dos aplicativos. Mas será mesmo só isso?
Muitas vezes a gente fala sobre atendimento. Outras tantas, reclama que as vendas não acontecem, que o negócio não anda, que nada parece dar certo. Mas hoje, quero confidenciar algo com você que tem um comércio, uma empresa ou qualquer tipo de negócio com as portas abertas: atendimento é tudo.

Falo com propriedade, baseado nas experiências que vivo diariamente. E é dessas vivências reais, nas ruas, nos bastidores, que nascem as colunas que escrevo, sempre com o intuito de ajudar os empresários e, claro, aprender com eles também.
Dias atrás, fui até um estabelecimento comercial para um atendimento. Cheguei ao local, havia dois colaboradores. O gerente ou proprietário não estava. Tudo bem. Mas o problema não foi esse. O problema é que ninguém me ofereceu uma cadeira, um café, um bom dia sequer. Estavam ali, nos seus celulares, deslizando o dedo no TikTok, rindo do Instagram, enquanto eu, cliente, era invisível.
E não se trata de ser eu, o Junior Vieira. Se o tratamento foi esse comigo, imagine com quem não conhecem.
Por isso, decidi escrever essa coluna. Porque tem muita gente com as portas abertas, mas sem saber o que isso significa de verdade. Receber alguém no seu negócio é como receber alguém na sua casa. E o que fazemos quando alguém chega na nossa casa? Acolhemos. Oferecemos uma cadeira. Um café. Um copo de água. Um chimarrão, aqui no Sul. Tiramos os olhos do celular, damos atenção. Acolhemos.
É isso que está faltando: acolhimento. Humanidade. Presença.
Muitos empresários reclamam da concorrência com a internet. Dizem que o cliente está preferindo comprar online. E eu te pergunto: qual o teu diferencial, então?
A internet é fria. Você escolhe, paga e recebe. Ninguém olha no seu olho. Mas e você, na sua loja, está olhando nos olhos dos seus clientes? Está oferecendo um café? Está ensinando sua equipe a receber com amor?
Porque se o teu atendimento for tão frio quanto o da internet, ou pior, então não espere que o cliente escolha você. A experiência tem que ser melhor. Tem que ser humana.
Eu defendo o comércio local. Sempre vou defender. Mas atenção, empreendedores: chegou a hora de mudar o jeito de atender.
Precisamos ser diferentes dos iguais. Precisamos ensinar nossos colaboradores a acolher, receber, sorrir, ouvir. Precisamos cuidar da primeira impressão e da última também.
Se o atendimento não for feito com amor, você vai continuar perdendo clientes. E o pior: nem vai saber o porquê.
Esta é minha reflexão de hoje. Um alerta. Um chamado.
Portas abertas não significam vendas garantidas.
Atendimento é o que transforma visitas em clientes e clientes em fãs.
Fiquem atentos.
Por Junior Aurélio Vieira de Oliveira
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É ASSIM QUE EU PENSO

Fonte: Opinião
Autor: Junior Aurélio Vieira de Oliveira
Crédito da imagem: Junior Vieira
Repórter: Junior Vieira