Aprovação de Lula cai de 35% para 24%, a pior marca de todos os seus mandatos
A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em nenhum dos três mandatos, nunca foi tão baixa em um levantamento do Datafolha. Nesta sexta-feira, 14, o instituto divulgou que, em dois meses, o número de entrevistados que consideram o governo do petista ótimo ou bom caiu onze pontos percentuais, de 35% para 24%. Antes da nova pesquisa, o pior patamar da imagem da gestão de Lula havia sido em 2005, em meio à crise do escândalo do mensalão. Em outubro e dezembro daquele ano, apenas 28% dos entrevistados consideravam o governo ótimo ou bom.
Além da queda na avaliação positiva, o percentual de entrevistados que classificam a gestão como ruim ou péssima subiu para 41%, contra 34% há dois meses. Já a avaliação regular passou de 29% para 32%. A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 11 de fevereiro, ouvindo 2.007 eleitores em 113 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Analistas políticos apontam que a inflação dos alimentos e a polêmica sobre a possível taxação do Pix são dois dos principais fatores que impulsionaram a queda na popularidade do presidente. A oposição tem explorado esses temas nas redes sociais, aumentando a insatisfação popular e gerando desgaste para o governo.
Diante dos números negativos, membros do governo minimizaram a queda e afirmaram que a tendência pode ser revertida com a continuidade dos programas sociais e investimentos em infraestrutura. Em nota, o Palácio do Planalto destacou que "o governo segue focado em entregar resultados para a população e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros".
Por outro lado, aliados alertam que o cenário pode se agravar caso não haja uma mudança de estratégia na comunicação e na implementação de políticas que aliviem o impacto da inflação, especialmente entre as classes mais baixas.
A nova pesquisa reforça um momento de alerta para o governo, que precisará lidar com os desafios econômicos e políticos para tentar recuperar sua aprovação nos próximos meses.