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Geral

Camada de ozônio apresenta sinais de recuperação

Relatório da OMM aponta melhora significativa sobre a Antártida e destaca importância do Protocolo de Montreal

A camada protetora de ozônio da Terra está se recuperando, e o buraco observado sobre a Antártida em 2024 foi menor do que nos anos anteriores, de acordo com o novo Boletim de Ozônio da Organização Meteorológica Mundial (OMM). O relatório, divulgado nesta terça-feira, 16 de setembro, Dia Mundial do Ozônio, traz notícias animadoras para a saúde do planeta e das pessoas.


Segundo a OMM, o baixo nível de destruição da camada de ozônio em 2024 se deve, em parte, a fatores naturais que afetam as flutuações anuais. No entanto, a tendência positiva de longo prazo reflete o sucesso da ação internacional coordenada ao longo das últimas décadas.


“O tema do Dia Mundial do Ozônio é ‘Da Ciência à Ação Global’. Isso reflete a confiança na ciência como guia para proteger nosso planeta”, afirmou a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo. “A pesquisa científica sobre a camada de ozônio é sustentada pela colaboração internacional, livre troca de dados e compromisso global – pilares do acordo ambiental mais bem-sucedido do mundo.”


O relatório celebra os 40 anos da Convenção de Viena, que reconheceu a depleção do ozônio como um problema global, e destaca o Protocolo de Montreal, assinado em 1989. O tratado levou à eliminação gradual de mais de 99% das substâncias nocivas à camada de ozônio, presentes em sistemas de refrigeração, ar-condicionado, espumas e sprays. Graças a essas medidas, a expectativa é que a camada se recupere aos níveis da década de 1980 até meados deste século, reduzindo riscos de câncer de pele, catarata e danos a ecossistemas causados pela radiação ultravioleta.


O buraco na camada de ozônio da Antártida em 2024 apresentou déficit máximo de massa de ozônio de 46,1 milhões de toneladas em 29 de setembro, abaixo da média registrada entre 1990 e 2020 e menor do que os valores observados entre 2020 e 2023. O início tardio e a recuperação rápida após o déficit máximo indicam um avanço inicial na regeneração da camada.


Matt Tully, presidente do Grupo Consultivo Científico da OMM sobre Ozônio e Radiação Solar UV, alertou que o trabalho não está concluído: “É essencial que o monitoramento do ozônio estratosférico e de suas substâncias destruidoras continue de forma sistemática e cuidadosa”.


Além do Protocolo de Montreal, a Emenda de Kigali, de 2016, ratificada por 164 países, prevê a redução gradual dos hidrofluorcarbonetos, gases de efeito estufa utilizados como substitutos das substâncias nocivas ao ozônio. A medida pode evitar até 0,5°C de aquecimento global até o fim do século.


Se as políticas atuais forem mantidas, a camada de ozônio deve se recuperar completamente aos níveis de 1980 por volta de 2066 na Antártida, até 2045 no Ártico e até 2040 no restante do mundo. O progresso representa um marco da ação global baseada na ciência, reforçando a importância do monitoramento contínuo e da cooperação internacional para proteger a saúde humana e ambiental.



Fonte: Organização Mundial de Meteorologia

Autor: Dani Barbaro com informações de Organização Mundial de Meteorologia

Crédito da imagem: Mídia Sudoeste

Repórter: Dani Barbaro

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