Dezesseis policiais militares denunciados pelo Ministério Público do Paraná na Operação Desviados II foram condenados por crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, peculato e prevaricação. Apurações conduzidas pelo Núcleo de Foz do Iguaçu do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apontaram que os PMs utilizavam do cargo para se apropriarem indevidamente de mercadorias transportadas por pessoas que eram abordadas pelos agentes públicos. A sentença, expedida na última semana, no dia 11 de setembro, pela Vara da Auditoria da Justiça Militar, fixou penas que variaram de 16 anos e quatro meses de reclusão a um ano e nove meses de reclusão. Eles também foram afastados da função pública.
De acordo com as investigações da operação, deflagrada em junho de 2021, os policiais realizavam abordagens em rodovias e áreas urbanas de pessoas que transportavam produtos sem o devido pagamento de tributos e, utilizando-se do cargo público que exerciam, se apropriavam indevidamente de parte ou da totalidade dos produtos, liberando os infratores. Foram apuradas situações em que os boletins de ocorrência eram registrados com informações falsas ou genéricas, na tentativa de conferir aparente legalidade às abordagens e facilitar o desvio de mercadorias. Todos os investigados eram lotados na 2ª Companhia de Polícia Militar de Medianeira. A denúncia do Ministério Público foi oferecida em agosto de 2021.
Desdobramento – A primeira fase da Operação Desviados foi deflagrada em dezembro de 2019 pelo Gaeco de Foz do Iguaçu e, na época, foram presos dez policiais militares lotados no Destacamento da Polícia Militar de Santa Terezinha de Itaipu e três policiais civis. Os policiais foram afastados das funções públicas que exerciam na Corporação e respondem ao processo em liberdade, com o cumprimento de diversas medidas cautelares. Da decisão de primeiro grau, cabe recurso.


Fonte: MPPR
Autor: MPPR
Crédito da imagem: Mídia Sudoeste
Repórter: Thaynara Queiroz