27/05/2024 10:08
Assembleia continuará permanente para avaliar a movimentação do governo e o comando de greve avaliará dia a dia os passos e mobilizações dos(as) educadores(as)
Na tarde deste sábado (25), educadores(as) aprovaram em Assembleia Estadual, uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 3 de junho. Mais de 4 mil educadores(as) participaram da Assembleia e definiram pela paralisação total das atividades em resposta aos ataques do governador Ratinho Jr.
A Assembleia se manterá permanente para avaliar a movimentação do governo e o comando de greve avaliará os passos do governo e mobilizações dos(as) educadores(as).
“Nós precisamos do engajamento nessa frente de luta de todos(as) os(as) professores(as) e funcionários(as), independente do contrato. Nós precisamos do engajamento, nessa luta, de pais e mães e de toda a comunidade paranaense, pois é o direito de acesso a uma escola pública de qualidade que está sendo negado”, explica a presidenta da APP, Walkiria Olegário Mazeto.
A decisão foi tomada após intenso debate devido à falta de diálogo com o governo sobre pautas importantes para a categoria como: pagamento da Data-Base, que nos últimos 12 meses e a dívida de mais 39% do Estado com os(as) educadores(as) e demais servidores(as); o projeto do governo de privatização de 200 escolas e o fim da terceirização do cargo de funcionários de escola.
Fim da escola pública
Atualmente, o governo abriu uma nova linha de ataques com o envio do projeto Parceiros da Escola, proposta que visa a venda de escolas públicas para empresas. Na última terça-feira (22), o governador sentou com deputados(as) da base para garantir a tramitação da proposta. O projeto será enviado no começo desta semana (27) para a Alep.
Em um primeiro momento de luta, professores(as) e funcionários(as) de escola lutam para que o projeto seja retirado da pauta. Caso o projeto seja mantido, a luta será para organizar as comunidades e rejeitar a medida.
A defesa dos(as) educadores(as) é por uma escola pública de qualidade e para todos(as), gratuita, laica e gerida pelo Estado.
“Este programa é o fim da escola pública, talvez essa seja a luta das últimas décadas mais importante para nós. Fazemos luta todo ano, defendemos uma escola pública de qualidade todo ano, mas nunca nos deparamos com um projeto que acaba com a escola pública. Se este programa for aprovado e implantado nas escolas, nós vamos, a cada dia, travar uma luta para manter uma escola aberta”, alerta a presidenta da APP.
Confira o calendário de mobilizações aprovado:
27 de maio – Construção da Greve com a criação dos Comandos Regionais de Greve / Trabalho de Base/ Plataforma Zero/ Acompanhamento das sessões na ALEP (Curitiba e RM)
28 de maio – Construção da Greve com a criação dos Comandos Regionais de Greve / Trabalho de Base/ Plataforma Zero/ Acompanhamento das sessões na ALEP (Curitiba e RM)
29 de maio – Construção da Greve com a criação dos Comandos Regionais de Greve / Trabalho de Base/ Plataforma Zero/ Plataforma Zero
03 de junho – Início da Greve e reunião presencial do Comando Estadual de Greve em Curitiba
04 de junho – Ato Estadual em Curitiba com a realização de audiência pública do FES e manifestação durante a sessão na ALEP