Lembra lá atrás? Quando seus pais talvez tenham começado a fumar porque era moda? Porque, naquela época, se você não tivesse uma carteira de cigarro no bolso, não era importante. Não chamava atenção das mulheres — e vice-versa.
Fumam, bebem, se destroem... só para pertencer
Quando o desejo de aceitação fala mais alto que o amor-próprio.
A pior prisão é aquela que a gente entra só pra não ficar sozinho.
Tem gente se destrói só pra ser aceito.
Fumam. Bebem. Se drogam.
Não por prazer. Mas por medo.
Medo de parecer diferente.
Medo de ser deixado de lado.
Foi numa conversa durante uma viagem com um amigo que esse insight me bateu forte. E pensei em compartilhar com você que sempre me acompanha nas minhas colunas. Falávamos sobre o quanto as pessoas se moldam — às vezes sem nem perceber — só para se encaixar em algum lugar.
Em um grupo.
Na sociedade.
Na escola.
Na própria família.
E quanto mais a gente pensava, mais duro era encarar a realidade. A conversa fluiu por muitos quilômetros de estrada.
Tem gente que começa a beber não porque gosta, mas porque “senão fica chato na roda”.
Lembra lá atrás? Quando seus pais talvez tenham começado a fumar porque era moda? Porque, naquela época, se você não tivesse uma carteira de cigarro no bolso, não era importante. Não chamava atenção das mulheres — e vice-versa.
Tem gente que se droga, engole palavras, ri do que não acha graça — tudo só pra não ser o excluído da roda.
Tem jovem que entra no mundo das drogas só pra se sentir alguém.
Vai pro crime não por maldade, mas pela sede de respeito.
Quer ser o temido, o “FODÃO”, o que ninguém ousa ignorar.
A verdade?
O medo de ser ignorado ou julgado move muito mais decisões do que a gente imagina.
Quantas pessoas você conhece que mudaram o jeito de vestir, de falar, até de pensar… só pra não desagradar? Só pra pertencer a uma turma, pra ser incluído em alguma coisa?
E você?
Quantas vezes já foi contra seus próprios valores só pra caber numa expectativa alheia?
É sutil.
No começo, são só pequenos ajustes.
A gente diz que é normal. Que todo mundo faz.
Mas quando percebe… já não sabe mais quem é.
E isso pode acontecer em todos os espaços.
Na religião.
Na política.
Na sexualidade.
Na própria identidade.
A aceitação virou moeda de troca.
Quem não se adapta, é cancelado.
Quem pensa diferente, é excluído.
Mas aí vem a pergunta que machuca — mas precisa ser feita:
Vale mesmo a pena ser aceito, se pra isso você precisa deixar de ser você?
Talvez você ache que estou exagerando.
Tudo bem.
Não quero que você concorde comigo.
Quero só que você pense.
Porque tem muita gente se perdendo por dentro só pra ser aceito por fora.
E isso, pra mim, é um dos maiores perigos da nossa geração.
Talvez o problema não seja você não ser aceito.
Talvez o problema…
...seja você ainda querer ser aceito por quem nunca te enxergou de verdade.
Se essa reflexão fez sentido pra você, me acompanha no Instagram: @jr_vieira.oficial.
Lá a gente continua conversando sobre o que ninguém quer falar, mas todo mundo sente.
Porque, no fundo, todo mundo só quer ser aceito.
Mas aceito de verdade, e não à custa de si mesmo.
É ASSIM QUE PENSO!