Uma nova frente de embates políticos tomou conta do Congresso Nacional: a chamada "Guerra dos Bonés". O movimento, iniciado por parlamentares da oposição, tem usado o acessório como forma de protesto e expressão ideológica dentro das Casas Legislativas.

A controvérsia teve início quando ministros e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram vistos utilizando bonés azuis com a inscrição "O Brasil é dos brasileiros". A iniciativa, atribuída ao novo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, visava enfatizar a soberania nacional e a importância das instituições democráticas.

Em resposta, parlamentares da oposição, especialmente do PL, adotaram bonés verde-amarelos com a frase: "Comida barata novamente. Bolsonaro 2026". A ação, liderada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), buscou criticar o governo atual pelo aumento nos preços dos alimentos e promover a figura do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A "Guerra dos Bonés" no Congresso evidencia não apenas as divergências políticas, mas também as preocupações econômicas que permeiam o país. Enquanto o governo busca implementar políticas para mitigar a inflação e promover justiça tributária, a oposição utiliza símbolos para criticar a atual gestão e promover suas agendas.
A disputa também reflete a influência de estratégias políticas internacionais no cenário brasileiro. A referência aos bonés utilizados por apoiadores do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é evidente em ambos os lados, seja na adoção do acessório como símbolo de campanha ou na criação de mensagens que dialogam com a base eleitoral.

Em meio a esse embate simbólico, o presidente Lula publicou um vídeo nas redes sociais utilizando o boné azul com a frase "O Brasil é dos brasileiros", reforçando a mensagem de sua base aliada. A oposição, por sua vez, continua a explorar temas sensíveis, como a alta dos preços dos alimentos, para criticar o governo e mobilizar seus apoiadores.
Um cientista político analisou que a "Guerra dos Bonés" reflete a crescente polarização do cenário político brasileiro. "Em tempos de comunicação digital, qualquer símbolo visual pode se tornar um poderoso veículo de identidade política. O boné, neste caso, passou de simples acessório a um emblema da disputa ideológica", explica o cientista.
O novo presidente da Câmara dos Deputados Hugo Motta também se pronunciou sobre o caso nas redes sociais que boné serve para proteger a cabeça do sol. "O que a gente precisa é fazer, e ter a cabeça aberta pra pensar em como ajudar o Brasil a ir pra frente".