Justiça condena homem a mais de 100 anos de prisão por abusos contra a filha
Sentença histórica encerra ciclo de 15 anos de violência no Paraná
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Sentença histórica encerra ciclo de 15 anos de violência no Paraná
A Unidade Regionalizada de Plantão Judiciário de Porecatu, no Norte Central do Paraná, proferiu uma sentença contundente contra um homem denunciado pelo Ministério Público (MPPR). O réu foi condenado a exatos 100 anos, nove meses e dez dias de prisão por uma série de crimes brutais cometidos contra a própria filha e sua ex-companheira. A decisão, publicada no último domingo, 28 de dezembro, destaca a gravidade dos atos que se estenderam por mais de uma década.
Os abusos contra a filha começaram em 2010, quando a criança tinha apenas oito anos de idade, e perduraram até junho de 2025. Ao longo desses 15 anos, os crimes transitaram entre estupro de vulnerável, estupro qualificado e violência psicológica. De acordo com a denúncia, a maioria das agressões ocorria em um sítio na zona rural de Centenário do Sul, onde pai e filha residiam. O condenado utilizava o pretexto de "correção" para justificar os abusos e mantinha um controle absoluto sobre a vida da vítima, proibindo amizades, relacionamentos e até monitorando o uso de seu aparelho celular.
A sentença também reconheceu a violência sistemática praticada contra a ex-companheira do réu. A mulher foi vítima de estupro, agressões físicas e violência psicológica severa, sendo impedida de manter contato com os próprios filhos e ameaçada constantemente para que não denunciasse os fatos. O réu está detido desde julho de 2025, e a justiça optou por manter sua prisão preventiva devido à sua alta periculosidade e ao risco que representa à ordem pública.
Além da extensa pena privativa de liberdade em regime fechado, o condenado sofreu sanções civis pesadas. A Justiça determinou a destituição imediata do seu poder familiar em relação à filha. Ele também foi condenado ao pagamento de indenização por danos morais, fixada em R$ 30 mil para a filha e R$ 15 mil para a ex-companheira. O caso, marcado por ameaças de morte e manipulação emocional, é considerado pelo Ministério Público como um dos mais graves registros de violência doméstica e intrafamiliar da região nos últimos anos.
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