A Polícia Civil do Paraná e a Polícia Militar do Paraná estão nas ruas na manhã desta sexta-feira (28) para cumprir 109 mandados judiciais contra uma organização criminosa responsável por movimentar em média 1,5 tonelada de drogas por mês ao longo de dois anos. A ação acontece simultaneamente em cidades do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.

Entre as ordens judiciais estão 54 de busca e apreensão, 42 de prisão e 13 de bloqueio de contas bancárias, além de sequestro de bens imóveis e veículos vinculados à organização.
As equipes policiais contam com helicópteros da Polícia Civil e da Polícia Militar e com cães de faro para ampliar a eficácia das buscas. A Polícia Penal do Paraná participa da operação dentro de suas atribuições constitucionais.
No Paraná, os mandados são cumpridos em Maringá, Paranavaí, Loanda, Porto São José, São Pedro do Paraná, Santa Isabel do Ivaí, Querência do Norte, Sarandi e Pitangueiras.
Fora do estado, a ação ocorre em São Paulo, Campinas e Guarulhos, no estado de São Paulo; em Pouso Alegre, no estado de Minas Gerais; em Campo Grande, no estado de Mato Grosso do Sul; e em São Joaquim, no estado de Santa Catarina, com o apoio das polícias Civil e Militar locais.
A investigação iniciou há cerca de dois anos e revelou a estrutura do grupo criminoso, com atuação concentrada em Maringá, Loanda e Campinas, especialmente no tráfico interestadual e na lavagem de dinheiro.
"A organização movimentava um alto volume de entorpecentes, enviando de 100 a 150 quilos de drogas por dia para o estado de São Paulo, especialmente para a cidade de Campinas, o que representa mais de 1,5 tonelada de drogas por mês, além de um faturamento milionário com a venda ilícita”, afirma o delegado da Polícia Civil do Paraná, Leandro Roque Munin.
A droga era embalada em malas entregues a pessoas responsáveis pelo transporte, principalmente via ônibus, até Campinas. A organização criminosa utilizava estabelecimentos comerciais em Maringá, como lojas de veículos e tabacarias, para realizar a lavagem do dinheiro oriundo dessas operações.
O tenente-coronel Cristian Nogueira, da Polícia Militar do Paraná, destacou a importância da integração no enfrentamento ao crime organizado. “A união de esforços entre as equipes foi determinante para enfraquecer a estrutura da organização criminosa, garantindo ações coordenadas, troca qualificada de informações e apoio mútuo para atingir os principais responsáveis pelo esquema”, ressaltou.
Durante o curso da investigação, ao menos nove pessoas foram presas, incluindo um dos líderes do grupo, capturado no Paraguai graças a uma ação conjunta entre Polícia Civil do Paraná, Polícia Militar do Paraná, Polícia Federal e Polícia do Paraguai.
Outras prisões ocorreram em dezembro de 2023, quando policiais localizaram um centro de distribuição de drogas em Maringá. Na ocasião, duas pessoas foram presas em flagrante com grande quantidade de entorpecentes, malas e bolsas usadas para o transporte das drogas e balanças de precisão.
Mais três flagrantes foram registrados em rodovias do Paraná: dois na cidade de Bandeirantes e um em Cambará.
“Essa operação é o resultado de um esforço conjunto, técnico e contínuo de inteligência e investigação, que expõe a complexidade e a ramificação dessa organização criminosa. A integração entre a Polícia Civil do Paraná e a Polícia Militar do Paraná foi fundamental para atingirmos este estágio para a completa desarticulação do grupo”, concluiu o delegado.


Fonte: PCPR
Autor: PCPR
Crédito da imagem: PCPR
Repórter: Thaynara Queiroz