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GERAL
28/03/2025 12:20

Primavera



Quem me dera viver cem primaveras.

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Vale dos Narcisos Silvestres

A cada primavera se renova a luta, nesta lida bruta de recomeçar. Para quem sobreviveu ao inverno é necessário retomar a lida e reproduzir a vida para mais um ciclo. O rigor do inverno amarra o ímpeto e faz a natureza se acalmar para poupar energia. Onda fria. Mas a primavera regenera quase tudo. A primeira flor é o despertador e o ponto de partida para retomar a vida. Aqui é normal, mas para nós que somos de um país tropical é curioso que as primeiras sinais de vida no começo da primavera, são as flores, e não os brotos e folhas. Aqui, as flores que brotam do chão, são as primeiras que aparecem.

Muito próximo daqui, ali na comuna de Kischpelt, na aldeia de Lelliguen, a aldeia da arquitetura luxemburguesa antiga, mais bem preservada. Em Lelliguen fica a Via Botânica. Uma trilha pelo Vale dos Narcisos Silvestres, os narcisos cor de pastéis. O único lugar em que os narcisos nascem e florescem no meio da floresta, sem que sejam plantados. A floração acontece sempre na lua minguante do mês de março.

Narciso é uma flor que tem esse pendor de ser curvada como se estivesse olhando para baixo. O nome é ligado ao mito de Narciso. Diz a lenda que ecoa por estes vales, que tinha um jovem muito lindo, mas dono de uma soberba imensa, desprezando a todos que lhe demonstrassem algum afeto. Narciso despertou a paixão das ninfas, que logo se afastaram, por razão do seu desprezo, ficando apenas a ninfa eco, a deusa da última palavra, que permanecu fiel a sua paixão e admiração por Narciso. Narciso sucumbiu nas águas do rio e a deusa da última palavra continua ecoando a sua tristeza por estes vales.




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