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GERAL

Réveillon: história e tradições

Da Antiguidade às praias brasileiras, a passagem de ano simboliza renovação, esperança e novos começos

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Réveillon: história e tradições
Mídia Sudoeste

A festa da virada do ano, conhecida como Réveillon, carrega uma história milenar que atravessa civilizações e culturas. Muito antes de o dia 1º de janeiro ser oficialmente reconhecido como início do ano, povos antigos já celebravam a mudança de ciclos como um momento de renovação, prosperidade e esperança.


Na Mesopotâmia, há mais de quatro mil anos, festivais como o Akitu marcavam o fim do inverno e a chegada da primavera, período ligado à colheita e à fartura. Essas celebrações aconteciam em março e tinham como objetivo pedir bons tempos para o novo ciclo que se iniciava. O sentido de recomeço já estava presente, mesmo sem uma data fixa como conhecemos hoje.


Com o avanço do Império Romano, a ideia de início do ano passou por transformações. Inicialmente, o calendário romano também começava em março, mas em 153 antes de Cristo o dia 1º de janeiro foi estabelecido como início do ano civil. A data simbolizava transição, olhar para o futuro e novos começos, valores que permanecem até os dias atuais.


A consolidação definitiva ocorreu em 46 antes de Cristo, quando Júlio César instituiu o calendário juliano, fixando oficialmente o primeiro dia do ano em 1º de janeiro. Séculos depois, em 1582, o calendário gregoriano foi adotado, organizando o tempo de forma mais precisa e padronizando a data em grande parte do mundo. A partir daí, a virada do ano passou a ser reconhecida globalmente como um marco simbólico de encerramento e reinício.


O termo Réveillon tem origem francesa e significa véspera. Inicialmente, era usado para designar festas longas realizadas pela nobreza europeia na noite que antecedia o Ano Novo. Essas celebrações chegaram ao Brasil ainda no período colonial e, com o tempo, ganharam características próprias, misturando influências culturais diversas.


No Brasil, o Réveillon se transformou em uma das maiores festas populares do país. A partir do século XX, especialmente nas décadas de 1960 e 1970, as celebrações nas praias ganharam força e passaram a reunir multidões. O uso de roupas brancas, a queima de fogos e os rituais simbólicos de passagem se popularizaram como expressões de desejo por paz, equilíbrio e um novo começo.


As cores usadas na virada também carregam significados simbólicos. O branco representa paz e renovação. O amarelo está associado à prosperidade. O vermelho simboliza energia e força. O rosa remete ao amor e aos afetos. O verde está ligado à saúde e equilíbrio, enquanto o azul representa tranquilidade e serenidade. Escolher a cor da roupa se tornou uma forma de expressar desejos para o ano que começa.


Outra tradição bastante presente é pular sete ondas, especialmente em cidades litorâneas. O gesto simboliza deixar o passado para trás e mentalizar objetivos futuros, reforçando o sentimento coletivo de renovação. Já os alimentos consumidos na ceia, como lentilha, uva e romã, representam abundância, fartura e bons presságios.


As queimas de fogos encerram o ritual da virada, marcando simbolicamente o fim de um ciclo e o início de outro. Mais do que um espetáculo visual, elas representam celebração, alegria e a esperança compartilhada de que o novo ano traga dias melhores.


Assim, o Réveillon no Brasil é resultado de séculos de história e da mistura de diferentes culturas. Uma celebração que atravessa o tempo e se mantém viva por carregar um sentimento universal, o desejo de recomeçar.



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