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Umberto Eco

13/05/2024 02:58

PAULO ADEMIR BRAUN


Clervaux, Brasil e o Passo do Caranguejo.

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Umberto Eco  

O conto do sábio chinês, da conta do fato que o sábio chinês, uma vez sonhou que era uma borboleta. Quando acordou não sabia se era um sábio chinês que sonho que era uma borboleta. Ou se era uma borboleta sonhando que era um sábio chinês. É um dilema onde o meu racional se apequena. Mas é legal e vale a pena viver neste dilema.

O paradoxo da erudição que matou Umberto Eco. O veneno mortal para todo o intelectual é estudar muito para descobrir que a evolução está no Zero. No Zero também está a explicação do fujão. O Nome da Rosa mata pela curiosidade. Na verdade seu nome é um codinome: Umberto(urso brilhante, de origem germânica ou local) e Eco(deusa da última palavra, nativa daqui do vale dos Narcisos, em Lelliguen, LU). Da primeira vez que veio a Clervaux e residiu na abadia, Ele estava investigando qual era O Nome da Rosa e quem era a Rosa. 

Eu O encontrei ontem no fim do dia, embriagado e numa intensa agonia. Ele estava sentado em frente ao monumento Kleppelkrich (monumento aos colonos assassinados), ao me ver ficou desesperado, pensando que eu tinha morrido. Ele refletia sobre o camponês Baudolino, sua tigela de vinho e a criação das verdades. Na verdade me disse; tudo é uma grande mentira, mas  basta fazer com que a maioria acredite. Da primeira vez que eu O encontrei no Cemitério de Praga, a praga das fakenews ainda não tinham inundado o Brasil. Na época ele investigava e descobriu que o falsário que falsificava documentos para incriminar Dreyfus, na verdade era um padre que usava a sua credibilidade para validar teorias racistas em um ritual satanista.

Já na época Ele me falou sobre a teoria do complô e como era Zero o controle sobre a mídia e as fakenews. Insistiu que o Brasil era o novo paraíso para o nazismo e o fascismo. Com o Pêndulo de Foucault Ele provou que que a terra era redonda. E a terra plana era uma teoria insana. Fugitivo no Brasil, tinha um amigo Aglie, e a namorada Amparo, o senhor Casaubon falou que tinha interesse em religiões de matriz africana, mas a verdadeira intensão do sacana era mobilizar os defensores da terra plana. Umberto Eco me segredou sobre o complô, o qual Ele investigou e descobriu que Mussollini e Hitler estariam vivos no Brasil. Falando sobre os dois disse, sobre o Fascismo Eterno ou a intolerância de quem não admite o contrário, e que  Hitler fez o absurdo intolerável ou imperdoavel, de transformar um preconceito racial, em uma questão científica. Também os inverídicos protocolos dos Sábio de Sião, que serviu de inspiração, para a criação dos campos de concentração. Essa intolerância instrumentaliza até às facções religiosas que apregoam verdades absolutas no rebanho, domesticando para a sanha de políticos absolutistas.

Umberto Eco fazia coro com Roberto Bobio, afirmando a obrigatoriedade da dúvida sobre as verdades absolutas. Esse é o trabalho do intelectual, também a obsessão pela ética e a contra posição sobre a manipulação dos fatos. A validade de intelectual só se aplica a quem apresenta ideias novas ou refuta verdades absolutas.

Desde a catequese eu já tinha paranóia com a ideia de paraíso eterno, e o inferno era mal climatizado. A alternativa seria passar a vida eterna num Cassino. Mas Clervaux é melhor que Las Vegas. Clervaux é a terra do amor e da paixão. Hitler, nazismo e fascismo são eternos inimigos. Além do mais por onde você anda por aqui, você vai encontrar intelectuais. Eco sussurrou que Jorge Luiz Borges é o bibliotecário da abadia. Vou lá qualquer dia. Seria muita alegria encontrar Carlos Gardel. Gardel na abadia seria heresia? Victor Hugo já em vida esteve várias vezes por aqui, com sua amante. Ele que não era Hugo porque na verdade era filho de Victor.

Nota: Não precisam acreditar em mim. Podem consultar nos livros escritos por Umberto Eco: O Nome Da Rosa; O Pêndulo de Foucault;  Número Zero; O Fascismo Eterno; Baudolino; Cemitério de Praga.





Ademir