O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) registrou uma redução de aproximadamente 50% nos incêndios em vegetação atendidos no mês de agosto, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Apesar da queda, até o dia 10 de setembro de 2025 já foram contabilizadas 5.770 ocorrências em todo o Estado, sendo a região de Londrina e Norte Pioneiro a mais impactada, com 411 registros.
Os dados foram apresentados em uma reunião organizada pelo CBMPR, que reuniu representantes da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC), Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), brigadas municipais, brigadas voluntárias e instituições de ensino e pesquisa. O encontro teve como objetivo avaliar os atendimentos, apresentar prognósticos e alinhar novas medidas de prevenção e combate.
A CEDEC destacou a entrada em vigor de um novo contrato que permitirá o uso de aeronaves no combate a incêndios florestais, além de protocolos de acionamento e registro das ações. Atualmente, o Paraná conta com 87 brigadas municipais formadas, além de brigadistas em unidades de conservação.
Representando o Ibama, a coordenadora do Programa Prevfogo no Paraná, Thais Michele Fernandes, citou a atuação de brigadas indígenas e quilombolas contratadas, bem como projetos de prevenção e campanhas de conscientização junto às comunidades locais.
O comandante-geral do CBMPR, coronel Antonio Geraldo Hiller Lino, ressaltou a importância da integração entre os órgãos: “Essas reuniões permitem que todos tenham conhecimento do atual cenário dos atendimentos, além de possibilitar a troca de experiências e de informações meteorológicas, fundamentais para planejar as ações conjuntas de prevenção e combate”.
Prevenção e cuidados da população
Apesar da redução nos incêndios, o Simepar alertou que setembro deve ser mais seco, com precipitações localizadas que não atingem todas as regiões. O cenário aumenta o risco de novos focos de incêndio florestal e exige atenção redobrada da população.
A Capitã Luisiana Guimarães Cavalca, integrante da Câmara Técnica de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do CBMPR, reforçou a necessidade de cuidados: “É fundamental redobrar a atenção quanto ao uso do fogo, fazer a destinação correta de restos de materiais vegetais, lixo e móveis, sem utilizar queimadas para eliminar esses resíduos. Na área rural, é essencial manter aceiros e áreas de separação de vegetação, reduzindo os riscos de propagação dos incêndios”.


Fonte: AEN
Autor: Segurança Pública
Crédito da imagem: CBMPR
Repórter: Thaynara Queiroz