A decisão dos Estados Unidos de retirar a tarifa extra de 40% sobre uma ampla lista de produtos brasileiros foi celebrada por entidades da indústria e do agronegócio. A medida, anunciada na sexta-feira, 21 de novembro de 2025, tem efeito retroativo a 13 de novembro e permitirá o reembolso de exportações já realizadas.
A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) classificou a revogação como “muito positiva”. A entidade destacou que a isenção beneficia principalmente itens agrícolas, como café, carne bovina, banana, tomate, açaí, castanha de caju e chá. Segundo a Amcham, a decisão representa um avanço para a normalização do comércio bilateral e reforça resultados do diálogo de alto nível entre os dois países.
No entanto, a instituição ressalta que ainda é necessário intensificar as negociações para eliminar outras sobretaxas que continuam afetando parte das exportações brasileiras.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também avaliou a medida como um avanço importante. Para a entidade, a retirada das tarifas para 249 produtos agrícolas fortalece a agenda bilateral e reforça o papel do Brasil como fornecedor relevante do mercado norte-americano.
Já a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) afirmou que a decisão reduz a pressão sobre setores que vêm perdendo competitividade devido às tarifas impostas pelos EUA. A federação reiterou que a negociação constante entre os dois países é essencial para restabelecer condições adequadas de comércio.
Parte das exportações ainda sofre impacto
Apesar do avanço, cerca de 22% das exportações brasileiras aos Estados Unidos continuam sujeitas às sobretaxas. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, este foi o maior progresso obtido até agora nas tratativas bilaterais, mas ainda há pendências a serem solucionadas para reduzir o impacto do chamado tarifaço sobre empresas brasileiras.


Fonte: Agência Brasil
Autor: Thaynara Queiroz
Crédito da imagem: Mídia Sudoeste
Repórter: Thaynara Queiroz