La Niña fraco e oceano mais quente devem marcar o trimestre dezembro à fevereiro

A atualização climática sazonal global para dezembro, janeiro e fevereiro de 2025/2026 aponta que as temperaturas da superfície do mar permaneceram acima da média entre agosto e outubro, com destaque para o Pacífico Norte extratropical. No Pacífico equatorial, apesar do leve resfriamento em algumas regiões, o comportamento conjunto do oceano e da atmosfera indica a presença de um La Niña fraco, perceptível principalmente nas anomalias de precipitação.

O Dipolo do Oceano Índico segue em fase negativa, influenciado pelas águas mais quentes próximas à Indonésia. No Atlântico, o Atlântico Tropical Norte registrou temperaturas mais altas que o normal, enquanto o Atlântico Tropical Sul permaneceu próximo da média.

Para o trimestre dezembro–fevereiro, a previsão indica a manutenção de condições típicas de La Niña fraco, com temperaturas do mar ligeiramente mais baixas nas regiões Niño 3 e Niño 3.4, enquanto o Pacífico Ocidental permanecerá mais quente, reforçando o gradiente leste-oeste. O Índice de Dipolo do Oceano Índico deve retornar à neutralidade, e o Atlântico equatorial tende a manter temperaturas próximas do normal no sul e ligeiramente acima no norte.

A projeção de temperatura global mostra forte probabilidade de condições acima da média em grande parte do Hemisfério Norte, América Central, Caribe, Nova Zelândia, sul da América do Sul e regiões equatoriais da África e do Continente Marítimo. Os oceanos também devem apresentar aquecimento generalizado, especialmente no Pacífico Norte, no Atlântico Ocidental e no leste do Índico.

Quanto às chuvas, a influência do La Niña deve reduzir a precipitação no Pacífico central e oriental, com maior chance de chuvas acima da média no Pacífico Ocidental e áreas próximas. Há tendência de chuvas abaixo da média em parte do Atlântico equatorial sul, no leste da Ásia, no nordeste da América do Sul e no sul da América do Norte. Por outro lado, o leste do Continente Marítimo, o norte da Europa, o norte da Ásia e o Caribe devem registrar precipitação acima do normal.

O cenário aponta para um trimestre influenciado por padrões oceânicos e atmosféricos típicos do La Niña, com impactos globais tanto nas temperaturas quanto no regime de chuvas.