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Geral

Relatório da OMM aponta extremos no ciclo da água em 2024

Apenas um terço das bacias hidrográficas apresentou condições normais; geleiras perderam massa pelo terceiro ano consecutivo

O ciclo da água no planeta se tornou cada vez mais errático e extremo, alternando entre secas severas e inundações históricas, segundo o Relatório sobre o Estado dos Recursos Hídricos Globais 2024, divulgado nesta quinta-feira, 18 de setembro, pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). O documento alerta para os impactos em cascata do excesso ou da falta de água nas economias e na sociedade e reforça a necessidade de mais monitoramento e compartilhamento de dados.


De acordo com a OMM, apenas um terço das bacias hidrográficas do mundo registrou condições normais no ano passado. Os demais dois terços tiveram níveis acima ou abaixo do esperado, marcando o sexto ano consecutivo de desequilíbrio hídrico. O relatório também aponta que 2024 foi o terceiro ano seguido com perdas generalizadas de geleiras em todas as regiões do planeta, somando 450 gigatoneladas de gelo derretido, o equivalente a 180 milhões de piscinas olímpicas, o que elevou o nível do mar em 1,2 milímetro.


Secas e enchentes


A Bacia Amazônica e outras áreas da América do Sul, além do sul da África, enfrentaram secas graves em 2024. Em contraste, houve excesso de chuvas na África Central, Ocidental e Oriental, em partes da Ásia e na Europa Central, provocando enchentes em bacias como o Danúbio, o Ganges e o Indo.


Eventos extremos causaram milhares de vítimas: só na África tropical, as chuvas intensas resultaram em cerca de 2.500 mortes e 4 milhões de deslocados. A Europa viveu suas maiores inundações desde 2013, e a Ásia registrou tempestades e ciclones que deixaram mais de 1.000 mortos. No Brasil, o ano foi marcado por inundações catastróficas no Sul, que deixaram 183 mortos, enquanto a seca persistente na Amazônia atingiu 59% do território.


Pressão sobre recursos hídricos


A OMM destaca que 3,6 bilhões de pessoas já sofrem com acesso inadequado à água ao menos um mês por ano, número que pode ultrapassar 5 bilhões até 2050, segundo projeções da ONU Água. Além disso, apenas 38% dos poços monitorados no mundo apresentaram níveis normais de água subterrânea em 2024, evidenciando a pressão crescente sobre os recursos hídricos.


Para a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, informações confiáveis são essenciais para enfrentar os riscos:


“Não podemos gerenciar o que não medimos. Sem dados, corremos o risco de voar às cegas. O relatório é parte do compromisso de fornecer esse conhecimento para apoiar decisões baseadas na ciência”, afirmou.


O relatório anual integra um conjunto de publicações da OMM destinadas a oferecer análises sobre o estado global do clima e dos recursos naturais, funcionando como ferramenta de referência para governos e tomadores de decisão.



Fonte: Organização Meteorológica Mundial

Autor: Dani Barbaro com informações Organização Meteorológica Mundial

Crédito da imagem: Organização Meteorológica Mundial

Repórter: Dani Barbaro

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