Tá Sendo Criticado? Bem-vindo ao Jogo

Quem faz, incomoda. Quem se movimenta, levanta poeira. Mas quem insiste, transforma.

Tá Sendo Criticado? Bem-vindo ao Jogo

Quem incomoda, é lembrado. Quem tenta, é julgado. Mas quem persiste, transforma.

Você que acompanha as nossas colunas sabe: sempre que posso, durante a semana — ou quando surge um insight — eu escrevo com a intenção de aprender junto com você, leitor. Esse espaço é feito de provocações, reflexões e, acima de tudo, de humanidade.

Hoje, acordei às 5h20 da manhã com uma frase martelando na cabeça, que quero compartilhar contigo:

“Cachorro morto não leva pedrada. Árvore que não dá fruto não leva paulada.”

Você já deve ter escutado esses ditados por aí. Eles resumem uma verdade que, às vezes, a gente demora a entender: se você faz algo relevante, diferente, algo que as pessoas não estão acostumadas a ver… se prepare. Porque dificilmente vão bater palmas logo de cara.

É muito mais fácil criticar do que reconhecer. É mais fácil falar mal do que valorizar. As pessoas, por algum motivo, têm uma tendência a apontar defeitos antes de reconhecer os acertos. E é aí que está o ponto: se você está fazendo algo certo, vão falar de você. Se estiver fazendo algo errado, também vão falar.

Ou seja: vão falar. Sempre.

Por isso, não pare. Continue. Metabala. Se você está fazendo algo que acredita, em prol da sua família, da sua comunidade, do seu crescimento pessoal ou profissional… vá em frente. Faça.

Quem faz, incomoda.

Quem se movimenta, levanta poeira.

Mas quem insiste, transforma.

E se você ainda se pergunta: “por que as pessoas falam tanto dos outros?”, a ciência tem algumas respostas.

Um estudo da University of Southern California, publicado no Journal of Personality and Social Psychology, revelou que as pessoas muitas vezes criticam os outros como forma de elevar sua própria autoestima. Quando alguém aponta defeitos em outra pessoa, isso pode ser uma tentativa inconsciente de se sentir melhor consigo mesmo — especialmente se estiver passando por inseguranças ou frustrações.

A neurociência também explica esse comportamento. A pesquisadora Tania Singer, do Instituto Max Planck, mostrou que o cérebro humano ativa áreas ligadas ao prazer quando sentimos que estamos em posição de superioridade em relação a alguém. Isso ajuda a entender por que tanta gente se alimenta de fofoca, julgamento e crítica: isso gera uma sensação de alívio emocional e falsa superioridade.

Além disso, segundo a psicologia evolutiva, esse comportamento pode ter raízes antigas. Em tempos passados, criticar ou isolar quem se destacava demais era uma forma de manter o grupo “controlado”, unido em torno da média. O problema é que hoje, mesmo vivendo em uma sociedade que exige inovação e coragem, muitos ainda carregam esse instinto de puxar o outro pra baixo.

Por isso, se estão te criticando, é sinal de que você está fazendo barulho. É sinal de que você está dando frutos.

Lembre-se: cachorro morto não leva pedrada.

Por Junior Aurélio Vieira de Oliveira

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