
Leia com atenção. Veja se você lembra de alguém assim no círculo em que vive. Talvez esteja mais perto do que imagina.
O Psicopata Socialmente Aceito
Nem todo psicopata vive à margem da sociedade. Alguns vestem a máscara da bondade. São aqueles que, na frente dos outros, se mostram simpáticos, prestativos e sorridentes, mas nos bastidores se alimentam de intrigas, inveja e destruição.
Precisam ser vistos como exemplo. Adoram estar em evidência, posar para fotos, aparecer em ações de igrejas, clubes de serviço, associações e eventos públicos. Sempre com um sorriso ensaiado e um discurso de humildade que encobre a verdadeira intenção de ser o centro das atenções.
Essas pessoas não suportam dividir palco. Quando surge uma nova liderança, fazem de tudo, de forma silenciosa e calculada, para derrubar quem ameaça ofuscar seu brilho. Trabalham nas sombras, articulam comentários, distorcem fatos e plantam dúvidas para enfraquecer o outro.
Discordar delas é perigoso. Precisam estar sempre certas, admiradas e aplaudidas. Quando não conseguem controlar, atacam. Quando percebem alguém crescendo, diminuem. E quando veem o sucesso alheio, sentem raiva, porque não sabem bater palmas para ninguém além de si mesmas.

Por fora parecem bondosas, por dentro são frias, vaidosas e movidas pela necessidade de poder. São os psicopatas socialmente aceitos, aqueles que vivem entre nós disfarçados de boas pessoas, enquanto destroem lentamente tudo o que não conseguem ser.
E o mais assustador é que, muitas vezes, são elogiados, premiados e até colocados como exemplos de caráter. Até que um dia as máscaras caem e todos percebem que aquele “voluntário exemplar” nunca quis servir, apenas ser servido pelo reconhecimento.
E eu, aqui nesta coluna, também me coloco como aprendiz. Começo a olhar para dentro e me perguntar se, em algum momento, não ajo da mesma forma. Se não me incomodo quando outro é reconhecido. Se já não quis estar no lugar do aplauso. A diferença é que, quando a gente se percebe, ainda há tempo de mudar. O problema é quando a pessoa acredita demais na própria mentira e já não enxerga que o pedestal que construiu está desabando, e que, lá de cima, a queda costuma ser solitária.
É assim que eu penso, por Junior Aurélio Vieira de Oliveira.
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Fonte: Junior Vieira
Autor: Junior Aurélio Vieira de Oliveira
Crédito da imagem: Junior Vieira
Repórter: Junior Vieira